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Dois mil exemplares do novo livro de Paulo Coelho foram levados anteontem
Argentina registra roubo de "O Zahir"
DA REPORTAGEM LOCAL
Um caminhão que transportava 2.000 exemplares do último livro de Paulo Coelho, "O Zahir",
foi roubado perto do aeroporto
de Buenos Aires (Argentina), anteontem, segundo informaram o
jornal argentino "La Nacion" e o
grupo Planeta, que edita a obra do
escritor brasileiro nos países de
língua espanhola.
O novo livro de Coelho seria
lançado ontem na Argentina,
com uma tiragem inicial de 60 mil
exemplares -pouco menos da
metade do total de 140 mil livros
dedicados aos países latino-americanos como Chile, Colômbia,
Paraguai, Venezuela, Uruguai,
Equador e Peru.
O roubo aconteceu quando dois
homens armados, em uma moto,
interceptaram o caminhão de distribuição do grupo Planeta, obrigando o motorista a parar. Os criminosos fugiram com o caminhão e a carga, segundo afirmou a
filial da Planeta no país.
O grupo editorial afirmou que o
roubo não impediu o lançamento
de "O Zahir" na Argentina, ontem. Cada unidade do livro está
sendo vendida a um preço médio
de 30 pesos (cerca de R$ 25).
Segundo nota distribuída para a
imprensa pela editora Rocco, que
cuida da obra do mago no Brasil,
os editores consideraram o roubo
do carregamento "surpreendente, porque, ao contrário do que
acontece em países como Colômbia e Bolívia, a Argentina não costuma enfrentar problemas com
pirataria de livros".
Ao todo, o mercado de língua
espanhola -que inclui Espanha,
América Latina e os hispânicos
nos Estados Unidos- receberá
uma tiragem inicial de 500 mil
exemplares de "O Zahir". A expectativa dos editores é que o lançamento alcance rapidamente a
lista dos mais vendidos, aos moldes do que já aconteceu na Itália
(onde vendeu 420 mil exemplares
desde seu lançamento, em 6 de
abril, superando o livro de memórias do papa João Paulo 2º), na
Rússia, na França e no Brasil.
Segundo fontes do grupo Planeta, as vendas de "O Zahir" na Rússia e na Ucrânia superam os 500
mil exemplares; em Portugal, chegaram a 130 mil; na Alemanha e
no Brasil, as vendas superaram
entre 30% e 60% às do livro anterior de Coelho, "Onze Minutos".
O incidente na Argentina não
foi o primeiro de "O Zahir". No
Irã, agentes do governo confiscaram mil exemplares da obra que
estavam na Feira Internacional do
Livro na capital Teerã.
(Com agências internacionais)
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