São Paulo, quinta-feira, 28 de maio de 2009 |
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O QUE PENSA O CONSELHO DA BIENAL Leia os destaques da enquete que ouviu 41 dos 53 conselheiros CRISE
"O problema da Bienal é que ela tem que fazer uma Bienal a cada dois anos. O problema é o intervalo. Tem anos bons e anos menos bons. Quando as coisas se complicam, é ruim para todo mundo. Seria positivo para a Bienal dar uma repaginada, uma reciclada."
"É difícil dirigir uma fundação desse porte com a vedação de qualquer remuneração. Isso afasta aqueles que poderiam profissionalmente se voltar à Bienal, deixando o lugar a diletantes, que muitas vezes não são os mais talhados ao exercício da função."
"A Bienal não está em crise. Estamos saindo de uma gestão excelente. É o mundo que está em crise, e a Bienal faz parte do mundo."
"A Bienal viveu até aqui do espírito do Ciccillo Matarazzo. Ele deu alma à instituição, só que agora o mundo mudou, e a Bienal precisa de um conceito mais moderno de governança corporativa. Não é uma crise terrível, é uma crise que com um pouco de sabedoria se supera."
"O motivo principal é a gestão temerária que está se encerrando, que dilapidou a Bienal de seu cabedal ético. Falta gestão que busque resultados, que busque responder às demandas."
"A Bienal não está em crise nenhuma, está absolutamente em ordem. Não tem nenhum problema, nenhum tipo de constrangimento."
"O apego da última diretoria ao cargo desgastou tudo e acabou esvaziando a Bienal e o interesse das pessoas do conselho."
"No dia em que a Bienal não estiver em crise, não será mais a Bienal. É da essência da Bienal esse conflito." SOLUÇÕES
"O curador tem a sua importância, mas não pode virar o dono da Bienal. Há uma espécie de ditadura dos curadores. A Bienal é a grande festa das artes, tem que ser uma coisa bonita, atraente. Não pode ter um monte de cacarecos lá. Eleição de curador é bobagem. O curador é uma pessoa de confiança do presidente."
"Estamos fazendo o que o Ciccillo faria: num momento de exaustão, repensar o modelo para que se inicie uma nova etapa, que esperamos que seja brilhante."
"É importante incorporar [ao conselho] pessoas das novas mídias, senão ficamos tratando de um assunto e a arte vai correndo por outro caminho, atropela isso."
"Precisa ter um retorno às bases, gente que tenha não a vaidade de pertencer ao conselho ou à diretoria, que tenha o que o Ciccillo tinha: uma dedicação genuína e desprendida. Em vez de egoísmo, responsabilidade."
"A estrutura da Bienal precisa ser reformada, para que seja mais ágil e adequada aos dias de hoje. Precisa fazer um "aggiornamento" da Bienal como um todo."
"Falta à Bienal uma estrutura administrativa profissional. Falta deixar de ser dependente do prestígio de "A", "B" ou "C". Não deveria ser função do presidente sair atrás de patrocínio, com o pires na mão." EXPECTATIVAS
"Heitor Martins vai assumir com uma aura de esperança de todos que sempre gravitaram em torno da Bienal, artistas, intelectuais."
"Não há dúvida de que quem pegar essa presidência é um homem corajoso."
"A gente espera que ele tenha uma gestão objetiva, prática, moderna, atual e que ele possa manter a fundação num nível de integridade."
"Mais do que uma luz, o Heitor [Martins] é um farolzão no fim do túnel para a Bienal sair dessa."
"A expectativa é que a Bienal possa ser o que ela foi no passado, que não fique sendo questionada a cada momento sobre a lisura das coisas."
"Agora é que vai começar o momento em que todos pensam para apagar tudo isso que foi feito pelo atual presidente." |
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