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Crítica
Percepção social marca "Heróis Esquecidos"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Mark Hellinger e Jerry Wald
estiveram profundamente envolvidos em alguns filmes dirigidos por Raoul Walsh para a
Warner, entre o final dos anos
1930 e o começo dos 40. Parece
existir uma real afinidade entre
os três.
Em "Heróis Esquecidos"
(TCM, 22h) os dois são roteiristas. O sucesso do filme elevaria Hellinger a produtor.
Wald foi o autor das peças que
originaram "Dentro da Noite"
e "Aquela Mulher". Hellinger
foi também produtor associado
de "Seu Último Refúgio".
São filmes que se caracterizam pela percepção social. Em
"Heróis...", James Cagney e
Humphrey Bogart são os soldados que, após encarar as brutalidades da Primeira Guerra, se
vêem sem ocupação outra que
não a criminalidade. O estilo de
Walsh, colocando a ação à frente de tudo, não impede (pelo
contrário) que se releve o aspecto social proposto, que
aponta para o reverso do "sonho americano". Ainda hoje:
"30 Anos de Cinema Novo"
(Canal Brasil, 23h35). 30 anos?
Já faz tempo. Ainda assim.
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