São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2008

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Crítica

Vida de Stallone salva história de "Rocky Balboa"

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O tempo e seu componente erosivo são duros para os galãs, sobretudo os que têm apenas no físico sua ferramenta de atuação. Sylvester Stallone é um desses casos -e até pior, pois era sobretudo o seu corpo de músculos de aço que o instalava nos filmes, quase nunca o seu rosto.
Assim, é curioso que em "Rocky Balboa" (Telecine Premium, 17h35; não recomendado para menores de 12 anos) seja justamente o rosto do ator quem expresse todo o drama do personagem -o drama de toda uma vida.
A velhice é a grande questão deste longa, dirigido e escrito pelo próprio Stallone. A discussão, em si, é bastante canhestra, assim como as imagens de uma forma geral.
Daí que é mesmo o semblante devastado de Rocky quem salva a coisa, com suas pálpebras inchadas, rugas, olhos que assistiram a glórias e tristezas. A beleza do filme não vem do talento de Stallone, mas da sua vida, com as inevitáveis marcas que ela sempre nos deixa.


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