São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2010

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CRÍTICA AVENTURA

Em clássico de Walsh, tensão vem à tona nos gestos de Bogart

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Só há um modo de rodar uma cena", disse o célebre diretor Raoul Walsh, "é o modo que diz ao público o que vai acontecer em seguida".
Talvez não seja uma regra para todos os cineastas. Mas o resultado desse método, com Walsh, são soberbos. Ao ver "O Último Refúgio" (TCM, 14h, 12 anos), percebemos que cada cena prevê e antecipa o que vem a seguir.
É assim que seguimos apaixonadamente os passos de Roy "Cachorro Louco" Earle desde que sai da prisão. Ao vermos um carro que o espera, sabemos que vai recomeçar a carreira criminal.
Cada acerto e cada erro de Earle (sobretudo as decisões no terreno amoroso) é partilhado, assim como a tensão que transmite, em cada gesto, Humphrey Bogart, que fazia seu primeiro papel principal. Um clássico mesmo.


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