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São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2003

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ARTES PLÁSTICAS

Começa hoje mostra das obras da coleção do marchand, morto em 2000, que foram cedidas ao museu

Após 10 anos, MAC expõe acervo de Vilaça

Divulgação
Obra de Leda Catunda, pertencente à coleção de Marcantonio Vilaça, será exposta a partir de hoje no MAC


FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Há dez anos, o colecionador Marcantonio Vilaça cedeu 50 obras em comodato (empréstimo) ao Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, com obras de 24 artistas representativos do momento, em sua maioria jovens. No mesmo ano, Vilaça abriu sua galeria, a Camargo Vilaça, tornando-se o mais influente marchand brasileiro até 2000, quando morreu, aos 37 anos.
Pela primeira vez, o MAC expõe todas as peças do comodato de Vilaça com a mostra "Passaporte Contemporâneo", que é aberta hoje, inserida nas comemorações de 40 anos do museu. "É uma homenagem. Marcantonio teve uma visão da arte contemporânea brasileira que a levou a uma grande inserção no exterior", afirma Elza Ajzenberg, diretora do MAC e curadora da mostra.
A intenção da diretora é não só expor as obras, muitas inéditas, mas também conseguir a doação dos trabalhos. "Estamos propondo à família um novo contrato de comodato, por mais cinco anos, com a possibilidade de doação."
"Não temos intenção de doar definitivamente nenhuma obra. Há também solicitações de outros museus. Nós propomos uma troca das obras em comodato, o que permitiria novos olhares sobre a coleção", disse Marcos Vilaça, pai do galerista e ministro do Tribunal de Contas da União. Ele estima que a coleção completa de Marcantonio tenha 600 obras.
A exposição terá ainda oito trabalhos de artistas do comodato, pertencentes ao acervo do museu e outros 19 cedidos pelos artistas.
Três são as vertentes da mostra. No segmento Explosão do Suporte, estão, entre outras, obras de Sérgio Romagnolo, Leda Catunda e Ernesto Neto.
Na vertente denominada Cerne da Materialidade, estão obras de Gustavo Rezende e Nuno Ramos. Até anteontem havia dúvida se o trabalho de Ramos seria exposto, dada a decomposição da obra.
Finalmente, na vertente Ambiguidade estão trabalhos de Caetano de Almeida, Jorge Guinle, Cristina Canale e Paolo. "Paolo é uma surpresa para nós, não conseguimos localizar seu paradeiro e nem seu currículo", afirma Ajzenberg.

MARCANTONIO VILAÇA: PASSAPORTE CONTEMPORÂNEO. Mostra com obras cedidas pelo colecionador e galerista em comodato ao MAC, em 1992. Curadoria: Elza Ajzenberg. Onde: Museu de Arte Contemporânea da USP (r. da Reitoria, 160, Cidade Universitária, SP, tel. 0/xx/ 11/3091-3327). Quando: abertura, hoje, às 19h; de ter. a sex., das 10h às19h, sáb. e dom., das 10h às 16h. Até 26/10. Quanto: entrada franca.


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