São Paulo, sábado, 28 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES

TV ABERTA

Denzel Washington faz a diferença em "O Furacão"

Red Scorpion 2
Record, 23h.
 
EUA, 1994. Direção: Michael Kennedy. Com Matt McColm, John Savage. Grupo de elite precisa se infiltrar em grupo neonazista, de modo a frustrar os ataques terroristas que estão planejados. Coragem.

A Maldição da Aranha
Globo, 23h20.
 
(Earth vs. the Spider). EUA, 2001, 90 min. Direção: Scott Ziehl. Com Devon Gummersall, Theresa Russell, Dan Aykroyd. "Remake" para TV de ficção científica "B" dos anos 50. Um segurança de laboratório toma vacina tirada da aranha e transforma-se em um ser monstruoso, ao contrário do que havia planejado. Comédia para TV da série "sem essa, aranha".

O Furacão
SBT, 0h30.
   
(The Hurricane). EUA, 1999, 145 min. Direção: Norman Jewison. Com Denzel Washington, John Hannah, Deborah Kara Unger. História do boxeador negro Rubin Carter (portanto condenado por um crime que não praticou) e de sua tentativa para demonstrar sua inocência. Boa causa, à moda de Jewison. Mas quem faz a diferença é mesmo Denzel.

Na Mira do Inimigo
SBT, 3h15.
 
(Four Dogs Playing Poker). EUA, 2000, 98 min. Direção: Paul Rachman. Com Olivia Williams, Balthazar Gety, Forest Whitaker. Quatro ladrões e amigos, pilhados após roubarem uma estatueta de Degas em Buenos Aires, são forçados pelo colecionador Whitaker a aparecer com US$ 1 milhão. A única maneira de isso acontecer é levantando o dinheiro do seguro de vida. Para tanto, seria preciso que um deles morresse. (IA)

TV PAGA

Porque o cinema é uma arma de guerra

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"O Tesouro de Sierra Madre" é sem dúvida um bom filme, um dos melhores de seu diretor, John Huston, e tem de passagem a presença memorável de Humphrey Bogart (sem falar de Walter Huston, pai de John).
Mas, nessa clássica história de cobiça, tudo parece se acomodar de maneira um tanto confortável, como se a tese (a inutilidade do fazer humano) precedesse a própria aventura, que só parece existir para corroborá-la.
Mas não é por isso que, hoje, "Nunca sem Minha Filha" me parece um filme mais atraente. Atraente não significa bom. Mas o que ele nos informa sobre os EUA e o mundo não é todo dia que se manifesta com tal clareza.
Nessa trama, Sally Field é a jovem americana que se apaixona por um iraniano, casa-se, tem uma filha com ele. Mas só quando sai dos EUA para morar no Irã é que o marido se revela. Revela-se um religioso de quatro costados, faz ela usar o véu e tudo o mais. Sally resolve pular fora. Mas nunca sem sua filha. Começa então a odisséia da boa mãe americana em meio à barbárie asiática.
O filme é de 1991, é importante dizer, e dirigido por Brian Gilbert (não tem a menor importância dizer). Faz parte da propaganda americana da época, segundo a qual o Irã era uma nação composta por seres demoníacos.
Ou seja, o filme existe para nos convencer de que, se a gente esmagar esses demônios, eles não farão grande falta ao mundo.
Pouco depois começamos a conhecer o cinema iraniano e a notar que esse país -não importa quais sejam as divergências que se possa ter com seus dirigentes- é composto por seres humanos como nós. Mussolini, que não era bobo, dizia que "o cinema é a arma mais forte". Este filme nos ajuda a entender por quê.


O TESOURO DE SIERRA MADRE. Quando: hoje, às 17h, no Futura. NUNCA SEM MINHA FILHA. Quando: hoje, às 12h, no MGM.


Texto Anterior: Astrologia
Próximo Texto: José Simão: Chega! Quero ouro em cadeira de praia!
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.