São Paulo, terça-feira, 28 de agosto de 2007

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Crítica

"A Mexicana" se perde no meio do caminho

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"A Mexicana" (TC Light, 16h15) começa muito bem. É muito engraçada a discussão da garota (Julia Roberts) com seu namorado (Brad Pitt).
Ele é um gângster que precisa cumprir um contrato (ou seja, assassinato) acordado com superiores. Se não fizer o que mandam, será morto. Mas ele havia prometido à garota levá-la a Las Vegas, e ela não quer saber. Acha que ele não passa de um egoísta.
Ele tenta se explicar e diz algo como: "Mas se eu não fizer isso eles me matam". E ela: "Está vendo o que eu digo? É isso: você só pensa em você".
Diálogos típicos de roteiristas hollywoodianos, mesmo que não sejam o que já foram. Depois disso, o filme deriva para abismos insondáveis. Fica insuportável.
E nada é menos perdoável em cinema do que um início promissor desperdiçado, num desses filmes em que produtores e agentes parecem ter botado a mão até que pouca coisa restasse de pé.


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