São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2000

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É possível incrementar a cultura com um déficit estimado em R$ 1,47 bilhão?

Marta Suplicy - A cultura deve ter papel prioritário em qualquer governo progressista. Ela é capaz de transformar a realidade social pelo resgate dos traços de identidade e da auto-estima da população. Ninguém vive só de pão. Considero o investimento em cultura uma das alternativas para enfrentar o problema da violência.

Paulo Maluf - A cultura é, em termos de custo-benefício, o que tem menor custo com mais benefício. A cultura para a cidade de São Paulo deve custar 1% do orçamento, estimado em cerca de R$ 7 bilhões. Essa história de déficit é uma lenda. Lenda dos incompetentes. Quem diz que a prefeitura está quebrada, por uma questão de coerência, deveria renunciar à candidatura. Nunca vi uma prefeitura tão quebrada com tantos candidatos a querer ocupá-la.

Geraldo Alckmin - A cidade de São Paulo será "tocada" em todos os seus setores de atividades, apesar do "rombo" deixado pelas duas últimas administrações. No caso da cultura, não há nem o que cortar. O orçamento dessa pasta para 2000 foi de 1% do geral, aproximadamente R$ 100 milhões. O que pode fazer a diferença em pastas com orçamentos tão exíguos são a criatividade e a capacidade da administração de fazer parcerias com a iniciativa privada, além da racionalização na utilização de seus recursos.

Luiza Erundina - Esse déficit também vale para outras políticas. Não vamos deixar de investir em cultura, que é a base para a cidadania. A cultura não pode ser um bem secundário.


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