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CRÍTICA COMÉDIA
"Lua de Papel" remonta ao cinema dos anos da Depressão
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Lua de Papel" (TC Cult,
20h, 14 anos) corresponde,
em todos os aspectos, a um
momento de "nostalgia" do
cinema americano.
Temos ali um vigarista forçado a conviver com uma órfã de 9 anos contra a sua vontade (na verdade, o filme lançava Tatum O'Neal ao lado
de seu pai, Ryan).
Os tempos são duros, os da
Depressão, anos 1930. Pois o
filme, de 1973, evoca também
um cinema dos anos da Depressão, o das garotas prodígio como Shirley Temple.
O filme mostra, ainda, com
a Guerra do Vietnã em marcha, que mesmo o período
mais negro da história americana, do ponto de vista econômico, podia parecer adorável se comparado àquele
momento em que a América
parecia perder sua alma.
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