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São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2003

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Série futurista "Cowboy Bebop", que tem jazz como trilha e faz referências a Rolling Stones e Tom Jobim, ganha longa que enfoca bioterrorismo

O SOM da animação

Divulgação
O vilão Vincent Volaju, personagem de "Cowboy Bebop"


SHIN OLIVA SUZUKI
DA REDAÇÃO

Criar uma série de animação japonesa que escapasse da vala comum era um desafio pessoal para o diretor Shinichiro Watanabe. Se eliminar as onipresentes naves espaciais estava fora de cogitação, a resposta que apareceu era digna de um "brainstorming": por que não colocar jazz, mais especificamente o gênero bebop, no anime?
Parecia loucura, mas "Cowboy Bebop" saiu de rascunhos na prancheta para se tornar um dos desenhos mais cultuados no mundo (incluindo Brasil, onde é exibido no canal pago Locomotion), a ponto de ganhar seu próprio longa-metragem, que estréia hoje nas salas de São Paulo e tem trama centrada no bioterrorismo.
No entanto, não é de espantar que o estúdio Bandai, produtor da animação, inicialmente esboçou ceticismo ao saber que o bebop -a vertente jazzística caracterizada pela improvisação- serviria de fundo para aventuras de um quinteto de caçadores de recompensas no ano de 2071.
Para não facilitar, a estrutura de "Cowboy Bebop" ainda tem cenas de luta à Bruce Lee, pitadas de psicodelia, referências a Rolling Stones ("Sympathy for the Devil" e "Wild Horses", canções do grupo, dão nome a episódios) e a Tom Jobim (Antonio, Carlos e Jobim são três personagens da série).
Confuso? Todos ficaram no início, como relata o próprio diretor Watanabe à Folha: "Quando levei o projeto à Bandai, eles consideraram que faltava conexão entre todas as partes. Mas apostaram, e o sucesso solucionou qualquer dúvida". Uma chance à estranheza em um anime, como também deram os hoje milhões de fãs.


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