São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2004

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Sem Pixar, Disney investe em estúdio próprio

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das grandes interrogações da indústria da animação atual não diz respeito a um futuro muito distante. Com a estréia em 4 de novembro de 2005 do longa-metragem "Cars", dirigido por John Lasseter, o principal talento por trás da Pixar, acaba-se a parceria entre o estúdio e a Disney.
Steve Jobs, presidente da fabricante de computadores Apple e também da Pixar, anunciou no início do ano que não pretende renovar o contrato de distribuição que regeu o lançamento de seus seis primeiros filmes ("Toy Story", "Toy Story 2", "Vida de Inseto", "Monstros S.A.", "Procurando Nemo" e "Os Incríveis").
Michael Eisner, atual chefão da Disney, nunca escondeu a disposição de continuar com a dobradinha. Um dos principais trunfos que o empresário tem na mão é que os direitos dos filmes não podem ser reclamados pela Pixar.
"A Pixar não é dona de seus próprios filmes. Se fizer um novo acordo, certamente a companhia vai dobrar de valor", afirma Jessica Reif, analista financeira do Merryl Lynch. "Mas é certo que, se houver esse acordo, a Pixar pagará uma taxa mais baixa pela distribuição dos novos filmes."
Independentemente da renovação ou não do contrato, a Disney já se adiantou e tem investido em um estúdio próprio de animação por computador. Entre os projetos que já estão sendo tocados pelo estúdio estão "Chicken Little", primeiro longa 100% em computador que a Disney faz com as próprias pernas, e "Toy Story 3", ainda sem confirmação.
"A Disney está preparada para isso há mais de uma década. Desde 96 investimos em um núcleo de computação gráfica, que trabalhou em cenas de filmes como "Mulan", "Tarzan" e "Dinossauro'", revela o diretor de marketing Eduardo Rosemback. (DA)


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