São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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Crítica

"Os Safados" tem sofisticação de filme dos anos 30

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não deve ser por acaso que a idéia de um vigarista tentando passar a perna em outro constitui uma saga clássica da comédia: o golpista é alguém com imaginação, o que já predispõe os roteiristas a desenvolver situações originais.
Elas se sucedem em "Os Safados" (TC Cult, 22h; não indicado a menores de 12 anos). Para começar, os vigaristas em questão são atores muito talentosos, como Michael Caine e Steve Martin, de maneira que sabem ser convincentes para nós ou para os demais protagonistas quando bem lhes convém.
Que a ação se passe na Riviera Francesa não atrapalha a ninguém: esse lugar é o signo mesmo da sofisticação (seria muito diferentes se os golpistas agissem em Miami, digamos) e do dinheiro excedente.
No mais, o diretor Frank Oz tem muita sensibilidade para esse tipo de filme, domina essa arte tão britânica (como ele) do humor distanciado e não tem nenhum medo de nos remeter aos prazeres da comédia sofisticada dos anos 30/40.


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