São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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Cultura Artística divulga agenda de 2009

Mesmo sem sala própria, programação de música erudita será mantida; concertos serão na Sala São Paulo

JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mesmo sem o seu teatro, destruído em agosto por incêndio, a Sociedade de Cultura Artística anuncia sua temporada para 2009, com destaque para a Filarmônica de Israel, regida por Zubin Mehta, e a Orquestra dos Champs-Elysées, sob a direção de Philippe Herreweghe. Os dez programas da temporada internacional acontecem na Sala São Paulo.
O projeto para a reconstrução está tramitando na prefeitura e depende do aval do Ministério da Cultura para as doações com base na Lei Rouanet.
O novo Cultura Artística, com uma estimativa de custo ainda não fechada, terá 1.500 lugares (o anterior tinha 1.156), um palco maior, com fosso e elevador, estacionamento e restaurante. Deverá estar pronto em 2012, quando a entidade completará 100 anos. Por enquanto, em termos práticos, está previsto o início da restauração, dentro de um mês, do painel apastilhado concebido por Emiliano Di Cavalcanti.
A renovação das assinaturas começa na próxima segunda-feira. Entre 5 e 16 de janeiro, o Cultura Artística fará a troca de séries e poltronas, para os já assinantes, e novas assinaturas poderão ser compradas a partir de 2 de fevereiro. Apesar das incertezas cambiais -o cachê dos artistas é pago em dólares ou euros-, os preços das assinaturas foram mantidos entre R$ 700 e R$ 1.500.
A temporada será aberta em abril, com a Orquestra dos Champs-Elysées. É uma formação recente, de apenas 17 anos, mas a qualidade já é reconhecida na Europa, onde os concertos são freqüentemente transmitidos pela rede Eurovision. O programa será dedicado ao compositor Hector Berlioz.
Maio será a vez da Orquestra da Suíça Romanda, regida pelo polonês Marek Janowski, que trará como solista o pianista Jean-Yves Thibauded.
Em julho apresenta-se o Quarteto de Cordas Emerson, conjunto de Nova York que tem como primeiro violino Eugene Drucker e, como violoncelista, o brilhante David Rinckel. O quarteto fará peças de Schubert, Chostakovich e Haydn.
A Filarmônica de Israel volta com Zubin Mehta ao Brasil em agosto com dois programas. No primeiro, duas sinfonias de Ludwig van Beethoven, a "Sexta" e a "Sétima". E, no segundo, três peças de Richard Strauss - "Till Eulenspiegel", "Don Juan" e "Uma Vida de Herói".
As últimas atrações do ano serão a Camerata Salzburgo, regida por Leonida Kavakos, a contralto francesa Nathalie Stutzmann, o pianista russo Arcadi Volodos e, no final de outubro, a Orquestra da Academia de Viena.


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