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Cultura Artística divulga agenda de 2009
Mesmo sem sala própria, programação de música erudita será mantida; concertos serão na Sala São Paulo
JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mesmo sem o seu teatro, destruído em agosto por incêndio,
a Sociedade de Cultura Artística anuncia sua temporada para
2009, com destaque para a Filarmônica de Israel, regida por
Zubin Mehta, e a Orquestra dos
Champs-Elysées, sob a direção
de Philippe Herreweghe. Os
dez programas da temporada
internacional acontecem na
Sala São Paulo.
O projeto para a reconstrução está tramitando na prefeitura e depende do aval do Ministério da Cultura para as doações com base na Lei Rouanet.
O novo Cultura Artística,
com uma estimativa de custo
ainda não fechada, terá 1.500
lugares (o anterior tinha 1.156),
um palco maior, com fosso e
elevador, estacionamento e
restaurante. Deverá estar
pronto em 2012, quando a entidade completará 100 anos. Por
enquanto, em termos práticos,
está previsto o início da restauração, dentro de um mês, do
painel apastilhado concebido
por Emiliano Di Cavalcanti.
A renovação das assinaturas
começa na próxima segunda-feira. Entre 5 e 16 de janeiro, o
Cultura Artística fará a troca de
séries e poltronas, para os já assinantes, e novas assinaturas
poderão ser compradas a partir
de 2 de fevereiro. Apesar das incertezas cambiais -o cachê dos
artistas é pago em dólares ou
euros-, os preços das assinaturas foram mantidos entre R$
700 e R$ 1.500.
A temporada será aberta em
abril, com a Orquestra dos
Champs-Elysées. É uma formação recente, de apenas 17
anos, mas a qualidade já é reconhecida na Europa, onde os
concertos são freqüentemente
transmitidos pela rede Eurovision. O programa será dedicado
ao compositor Hector Berlioz.
Maio será a vez da Orquestra
da Suíça Romanda, regida pelo
polonês Marek Janowski, que
trará como solista o pianista
Jean-Yves Thibauded.
Em julho apresenta-se o
Quarteto de Cordas Emerson,
conjunto de Nova York que tem
como primeiro violino Eugene
Drucker e, como violoncelista,
o brilhante David Rinckel. O
quarteto fará peças de Schubert, Chostakovich e Haydn.
A Filarmônica de Israel volta
com Zubin Mehta ao Brasil em
agosto com dois programas. No
primeiro, duas sinfonias de
Ludwig van Beethoven, a "Sexta" e a "Sétima". E, no segundo,
três peças de Richard Strauss -
"Till Eulenspiegel", "Don
Juan" e "Uma Vida de Herói".
As últimas atrações do ano
serão a Camerata Salzburgo,
regida por Leonida Kavakos, a
contralto francesa Nathalie
Stutzmann, o pianista russo
Arcadi Volodos e, no final de
outubro, a Orquestra da Academia de Viena.
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