São Paulo, terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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Cisneros abriu as portas para arte latina nos EUA

DE SÃO PAULO

No início dos anos 1990, quando entrou para o Conselho Diretivo do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), Patricia Phelps Cisneros percebeu que a instituição conhecia pouco da América Latina.
Ela então criou um sistema de bolsas anuais, pagas por sua própria fundação, que concediam viagens pelo continente, sem que fosse uma obrigação do viajante expor.
A curadora Paola Antonel- li veio a São Paulo, onde conheceu os irmãos Campana.
Ao voltar, em 1998, ela organizou uma pequena mostra deles, no museu, e Cisneros ainda doou uma das peças expostas, a Cadeira Vermelha. Foi o primeiro móvel da dupla a entrar para a coleção de um museu estrangeiro e "o resto é história", como brinca Cisneros.
Esse é o tipo de ação que torna a colecionadora a mais influente figura da arte latino-americana.
Só na coleção do MoMA, há 114 doações declaradas, entre elas de artistas brasileiros como Willys de Castro (1926-1988), também primeira obra a entrar em um museu estrangeiro, Lygia Pape (1937-2004), Mira Schendel (1919-1988), Lygia Clark (1920-1988), Hélio Oiticica (1937-1980) e Abraham Palatnik, entre outros.
Esse tipo de ação levou Cisneros a ser considerada uma das dez mais poderosas patronas da arte em todo o mundo, segundo a revista "Art + Auction", agora em dezembro.
Na lista, que inclui várias outras categorias, como galeristas e artistas, o único brasileiro é Adriano Pedrosa, como curador.
Segundo a publicação, que estampa Cisneros na capa, ela e sua fundação, em 2010, tiveram ação destacada em pelo menos outros quatro museus norte-americanos: New Museum (Nova York), Hirshhorn (Washington); Museu de Belas Artes (Houston); Blanton (Austin). (FC)


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