São Paulo, terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Cee Lo Green subverte o soul com letras divertidas EDITORA DO GUIA FOLHA Até 2006, ninguém sabia quem era Cee Lo Green. Com um vozeirão moldado nos corais das igrejas de Atlanta, ele já havia lançado dois discos, participado de um grupo de rap e de séries de TV americanas. Mas seu nome só se tornou conhecido quando seu caminho esbarrou com o do produtor Danger Mouse. Como Gnarls Barkley, eles lançaram "Crazy", e o vocal poderoso de Cee Lo foi ouvido em todas as pistas do planeta. A música entrou para a história como o primeiro single digital a alcançar o número um da parada britânica, e levou a dupla a vender mais de 5 milhões de cópias do CD "St. Elsewhere". Dito isso, anote: "Fuck You!" é a "Crazy" de 2010. A música, uma faixa escondida em "The Lady Killer", novo álbum de Cee Lo, subverte a tradição do soul com uma letra que manda "se f..." o "rapaz que leva para passear a garota amada". Para tocar nas casas de família, Cee Lo fez uma versão "light" da canção, trocando o "Fuck You" por "Forget You", cuja letra está registrada no encarte. Mas é "fuck you" que todo mundo quer cantar. Essa pegada sarcástica e bem-humorada é a fórmula de Cee Lo para atualizar o soul. O CD, lançado em novembro, tem todos os elementos clássicos do estilo: o vocal principal dialoga com um coro no formato gospel; em suave harmonia, instrumentos de sopro, cordas e teclados compõem climas românticos e festivos. Mas o diferencial do disco está explícito desde a faixa de abertura, uma declaração sexy na qual Cee Lo anuncia que tem licença para matar garotas ("lady killer"), em uma referência ao personagem James Bond. Essa sacada de mesclar o tradicional ao contemporâneo faz de "The Lady Killer" trilha sonora inusitada para uma noite de amor e garantia de diversão numa festa de Réveillon. Toque "Fuck You" na virada. (ADRIANA FERREIRA SILVA) THE LADY KILLER ARTISTA Cee Lo Green LANÇAMENTO Warner Music QUANTO R$ 29,70, em media Texto Anterior: Kanye West personifica hip-hop em CD elogiado Próximo Texto: Crítica/Ópera: "Don Carlo" do Metropolitan alia frescor com maturidade Índice | Comunicar Erros

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