|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica
Filme mostra a luta de Larry Flint e imprensa livre
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O ideal seria se o filme "O
Povo Contra Larry Flynt"
(People+Arts, 15h30, 22h,
0h30) fosse parar nas mãos de
Barbet Schroeder, o rei da ambigüidade.
Mas não está mal como está,
nas de Milos Forman, outro estrangeiro (tcheco) que tenta
entender os Estados Unidos e,
de certa forma, explicá-lo a si
mesmo. Pois aí estão em conflito duas das instituições mais
caras aos norte-americano: o
puritanismo e a imprensa livre.
Aceitando "Hustler", revista
de sacanagem de Flynt, a Justiça estaria entendendo que pornografia é liberdade de expressão e favorecendo a imoralidade e essas coisas que assustam
mentes religiosas. Caso reprimisse sua circulação, estaria
atentando contra a liberdade
de pensamento.
Para que lado penderá a balança? Isso é importante. Mais
importante é permitir que todos os argumentos circulem
com liberdade. Isso Forman
faz. Se fosse Schroeder, a ambigüidade é que sairia triunfante.
Mas não se pode ter tudo.
Texto Anterior: Ciência: Atração põe ambiente no meio da roda Próximo Texto: Resumo das novelas Índice
|