São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

Filme mostra a luta de Larry Flint e imprensa livre

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O ideal seria se o filme "O Povo Contra Larry Flynt" (People+Arts, 15h30, 22h, 0h30) fosse parar nas mãos de Barbet Schroeder, o rei da ambigüidade.
Mas não está mal como está, nas de Milos Forman, outro estrangeiro (tcheco) que tenta entender os Estados Unidos e, de certa forma, explicá-lo a si mesmo. Pois aí estão em conflito duas das instituições mais caras aos norte-americano: o puritanismo e a imprensa livre.
Aceitando "Hustler", revista de sacanagem de Flynt, a Justiça estaria entendendo que pornografia é liberdade de expressão e favorecendo a imoralidade e essas coisas que assustam mentes religiosas. Caso reprimisse sua circulação, estaria atentando contra a liberdade de pensamento.
Para que lado penderá a balança? Isso é importante. Mais importante é permitir que todos os argumentos circulem com liberdade. Isso Forman faz. Se fosse Schroeder, a ambigüidade é que sairia triunfante. Mas não se pode ter tudo.


Texto Anterior: Ciência: Atração põe ambiente no meio da roda
Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.