São Paulo, terça-feira, 29 de fevereiro de 2000 |
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Projeto de arquitetura revê construção do Brasil
CELSO FIORAVANTE da Reportagem Local Um grande projeto multimídia vai mostrar, a partir de novembro, como o Brasil foi construído ao longo de sua história. Trata-se do evento "Brasil - 500 Anos de Arquitetura", projeto da Universidade Federal de Pernambuco que será inaugurado em Recife na primeira semana de novembro, simultaneamente a um congresso internacional de arquitetura que discutirá a produção arquitetônica nos países de línguas portuguesa e espanhola. Não se trata apenas de uma mostra de arquitetura, mas de um projeto que resultará ainda em dois livros bilíngues (português-inglês), um vídeo, um CD-ROM, um website, palestras e debates. O projeto já tem um site, ainda precário, em funcionamento (http:// arq500.cesar.org), por meio do qual é possível fazer contato com a organização do evento. O projeto está dividido em nove módulos temáticos, dedicados a tipologias arquitetônicas específicas ou períodos históricos. São eles: "Indígena", "Popular", "Colonial", "Moderna", "Brasília", "Anos 60 e 70", "Anos 80", "Anos 90" e "Desenhando o Futuro". "O evento tem uma proposta de transcender a questão dos 500 anos. Ele parte da arquitetura indígena, que é anterior ao Descobrimento, e chega até o módulo "Desenhando o Futuro", em que será pensado como as cidades estão se organizando para o futuro, como os arquitetos estão pensando o país, cuja riqueza está justamente em entender e interpretar as diversidades e complexidades regionais", disse Roberto Montezuma, coordenador do projeto. Depois de Recife, o projeto "Brasil - 500 Anos de Arquitetura" partirá para uma itinerância nacional e internacional. No Brasil, em 2001, vai atingir 12 capitais. Em 2002, vai ao exterior, com primeira etapa em Paris, na sede da Unesco. Depois segue para Alemanha, Portugal, Espanha, Inglaterra, Holanda, Itália, Suíça, Líbano, Israel, Japão e EUA. A parte nacional do evento tem um orçamento de R$ 2,5 milhões. "A itinerância internacional deverá ganhar apoio das embaixadas, já que o projeto tem o aval do Ministério das Relações Exteriores", disse Montezuma. Segundo ele, cerca de 60 pessoas (em sua maioria pesquisadores de diversas universidades) estão envolvidas diretamente no projeto, que contemplará ainda design, paisagismo e urbanismo. "Cada pesquisador deve incluir tudo o que se relata à arquitetura da época ou ao tema abordado", disse. Texto Anterior: Programação de TV Próximo Texto: Módulos tratam das moradias indígenas ao século 21 Índice |
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