São Paulo, terça-feira, 29 de fevereiro de 2000


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OUTROS LANÇAMENTOS

Autoramas
"Stress, Depressão & Síndrome do Pânico" é a estréia do selo independente Astronauta (distribuído pela Universal) e da banda Autoramas, que agrega Bacalhau (ex-Planet Hemp), Gabriel (ex-Little Quail) e Simone (ex-Dash). Dotados de ousadia e marketing agressivo, em termos musicais os meninos não se preocupam em ir muito adiante do que já foi feito décadas atrás. Adaptam jovem guarda ("Carinha Triste") e surf music ("Autodestruição", uma das melhores, as instrumentais "Jogos Olímpicos", "Bahamas" e "Souvenir" -"Pulp Fiction" demais) com competência, mas sem brilho, e sofrem da falta de alguém com dotes de cantor na banda. (PAS)


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Adriana Capparelli
A cantora goiana Adriana Capparelli estréia com "Pequeno Circo Íntimo" (Dabliú), em que dá tratamento conservador a um universo por si só espinhoso, o do compositor carioca Aldir Blanc. Um pouco à moda do que Leila Pinheiro fez com Guinga (parceiro frequente de Blanc), o CD resvala em leituras burocráticas de ex-sucessos na voz de João Bosco ("Latin Lover", "Miss Suéter", a horrenda "A Nível de...") e aventuras anteriores de Leila Pinheiro ("Cata-Vento e Girassol"). "O Cavaleiro e os Moinhos", entre o kitsch do arranjo e o expressionismo da interpretação, se faz exemplar.
(PAS)


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"Dois em Um"
A série em que a EMI (hoje acoplada à Warner) recuperava, de dois em dois em cada CD, títulos da antiga Copacabana (outra aglutinada do "império") continua em pique de "o que vier é lucro". Destaques incontestáveis (desleixo de produção e embalagem à parte) são o terceiro e o quarto volumes de "Descendo o Morro" (60/61), do príncipe do samba Roberto Silva, dois títulos da primeira Elizeth Cardoso, mais dois -raridade!!!- de Dolores Duran. O pacote reúne ainda Altamiro Carrilho, Angela Maria, Pery Ribeiro e pérolas da cafonice do ídolo-cometa de jovem guarda romântica Paulo Sérgio, de Agnaldo Rayol e de Benito di Paula. (PAS)


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Tracy Chapman
A cantora e compositora norte-americana Tracy Chapman, do infame hit meloso "Baby Can I Hold You" (88), volta com "Telling Stories" (Elektra/ Warner), após cinco anos sem lançar disco. O retorno demonstra que pouco a pouco a boa cantora negra de folk vai se evaporando no ar -o CD é plácido, tranquilo, não contêm ambiências de "hit parade" como antigamente, não fica impresso na memória senão de forma tênue, vaga. Canções como a linda "Wedding Song" são delicadas, não incomodam, descansam os ouvidos num quase "lounge". Parecem, também, não vir de lugar nenhum, não ir para lugar algum. (PAS)


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