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Jackson deve cumprir favoritismo
LEANDRO FORTINO
ENVIADO ESPECIAL A WELLINGTON
O destino do anel, ou melhor,
do Oscar, já está escrito. Afinal,
nenhum outro concorrente parece ter a competência e a capacidade de tirar das mãos de Peter Jackson, 43, e da última parte de sua
trilogia, "O Retorno do Rei", os
prêmios de melhor direção e filme hoje à noite. Até o brasileiro
Fernando Meirelles, que concorre
com "Cidade de Deus" ao Oscar
de melhor direção, reconhece que
Jackson já é o vencedor.
O longa que encerra a saga "O
Senhor dos Anéis", baseada na
obra homônima de J.R.R Tolkien,
já acumulou mais de US$ 1 bilhão
desde que estreou há pouco mais
de nove semanas, ainda hoje é um
dos dez filmes mais assistidos dos
EUA e ocupou o topo das maiores
bilheterias norte-americanas por
quatro semanas consecutivas.
Hoje à noite, é líder em indicações ao Oscar: além de direção e
filme, concorre também a roteiro
adaptado, direção de arte, figurino, edição, canção, trilha sonora,
som, maquiagem e efeitos visuais.
O reconhecimento ao trabalho
de Jackson não chega a ser tardio,
mesmo se considerarmos as indicações a melhor filme das duas
primeiras partes da saga, intituladas "A Sociedade do Anel" e "As
Duas Torres", em 2002 e 2003. Os
prêmios foram conquistados, respectivamente, por "Uma Mente
Brilhante" e "Chicago". Jackson
ainda precisava provar a Hollywood que os US$ 94 milhões investidos pela produtora New Line
seriam usados para agradar ao
gosto do mercado americano.
O diretor neozelandês mostrou
ser capaz de realizar a façanha, de
rodar três filmes simultaneamente e de finalizá-los de maneira que
conquistasse público e crítica
mundial. Caso ganhe, receberá o
Oscar pelo conjunto da obra.
Para quem não estava no planeta Terra nos últimos três anos, um
pouco da história da trilogia: em
um lugar chamado Terra-Média,
um anel que torna seu portador
invisível é encontrado em mãos
do hobbit Bilbo, um ser quase humano que vive nas florestas. Ele
resolve deixar sua cidade e passa a
guarda do objeto a seu sobrinho,
Frodo. Mas o criador do anel, o
ser malvado Sauron, precisa ter o
objeto de volta para aumentar seu
poder e, enfim, dominar a Terra-Média. Para impedi-lo, um grupo
de aliados do bem se une a Frodo
com a missão de destruir o anel e
banir o mal para sempre do lugar.
O que impressionou mesmo
nos filmes foi a capacidade de
Jackson de reger uma verdadeira
orquestra de atores, cenas em estúdio e locações e inúmeros efeitos especiais durante toda a trilogia. "O Retorno do Rei" deve levar
a maioria dos prêmios técnicos a
que também concorre hoje.
O jornalista Leandro Fortino viajou à
Nova Zelândia a convite do Tourism New
Zealand
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