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Eastwood prega "economia de filmagens"
DA REDAÇÃO
Muito criticado por seu apoio
ao Partido Republicano dos EUA,
Clint Eastwood, 73, arrancou elogios dos mais fervorosos democratas pela temática antiarmamentista de "Sobre Meninos e Lobos". Aqui, ele fala sobre o filme.
Folha - O elenco de "Sobre Meninos e Lobos" ressaltou em entrevistas o seu estilo econômico de dirigir. O sr. acredita que, ao fazer poucas tomadas, ajuda a enriquecer a
performance de um ator?
Clint Eastwood - Foi uma coisa
que aprendi com [o diretor] Don
Siegel. Ele dizia: "Sei que não vou
conseguir que você me dê a performance desejada na primeira
tomada, mas mesmo assim vou
tentar!". Está em minha natureza
tentar também a dramaticidade
necessária logo de cara. É claro
que alguns atores chegam para
trabalhar comigo sem saber que
gosto disso e, às vezes, é um pouco difícil para eles, pois eles têm
de lutar com as palavras e as emoções ao mesmo tempo.
Folha - Aos 73 anos, o sr. é uma figura icônica em Hollywood. Como
lida com esse status? E, quando o
sr. iniciou no cinema, acreditava
que conseguiria criar uma carreira
longeva e relevante?
Eastwood - Qualquer que seja o
status que possa ter, eu não penso
no assunto. Você começa nessa
profissão com muita fome, mas
só mais tarde se dá conta de que o
fator sorte e destino têm grande
influência em seu trabalho.
Com Paoula Abou-Jaoude, free-lance
para a Folha, em Los Angeles
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