São Paulo, quinta-feira, 29 de março de 2001

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Após reforma, teatro Paramount comportará 2.000 espectadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Com previsão de término na segunda quinzena de abril, a reforma do teatro Paramount, tombado pelo patrimônio histórico desde a década de 80, preservou diversas de suas caraterísticas originais, que contavam desde a época em que o lugar abrigava bailes de Carnaval (anos 50 e 60) e dava espaço aos festivais de música da TV Record.
A fachada do prédio, no número 411 da avenida Brigadeiro Luís Antônio, região central da cidade, foi pintada de amarelo, assim como as largas colunas e portas de vidro de sua entrada, que tiveram apenas o acabamento restaurado e foram mantidas praticamente em seu estado original.
Assim também foram os cuidados com o saguão central do Paramount, que ainda conserva piso -com pedras de mármore brancas e pretas- e adornos da época em que foi inaugurado, em 1929. As escadas nas laterais do salão também tiveram seus corrimãos restaurados.
A reforma principal aconteceu na platéia e no palco do teatro, demolidos e reconstruídos quase integralmente. Agora o Paramount abre suas portas com capacidade para aproximadamente 2.000 pessoas, distribuídas no largo balcão superior, camarotes e platéia.
O teatro conta ainda com um fosso para orquestra, mesas para controle de som e luz, além de apresentar carpete em toda a extensão da sala de espetáculos.
A direção do Paramount se recusou a oferecer dados sobre os custos e resultados da reforma até a inauguração do teatro.
A reforma é de responsabilidade da CIE (Companhia Internacional de Entretenimento), que arrendou o teatro pelo período de 40 anos. A empresa, de origem mexicana, já produziu, no Brasil, espetáculos como "O Beijo da Mulher Aranha" - atualmente em cartaz no teatro Jardel Filho, também na avenida Brigadeiro Luís Antônio - e "Aí Vem o Dilúvio", além de ser proprietária das casas de espetáculo Credicard Hall e DirecTV Music Hall, em São Paulo, e ter recém-adquirido o ATL Music Hall, no Rio.
O Paramount estava fechado desde 96. Em 79, o teatro teve sua platéia dividida em cinco salas e, na década de 90, exibia filmes pornôs e peças adultas e infantis.
Agora, a reabertura será com o megaespetáculo "Les Misérables", produzido pela mexicana CIE -com produção orçada em R$ 3,5 milhões-, baseado na obra de Victor Hugo, com autoria musical de Alain Boublil e trilha composta por Claude-Michel Schönberg.


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