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Após reforma, teatro Paramount comportará 2.000 espectadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Com previsão de término na segunda quinzena de abril, a reforma do teatro Paramount, tombado pelo patrimônio histórico desde a década de 80, preservou diversas de suas caraterísticas originais, que contavam desde a época
em que o lugar abrigava bailes de
Carnaval (anos 50 e 60) e dava espaço aos festivais de música da
TV Record.
A fachada do prédio, no número 411 da avenida Brigadeiro Luís
Antônio, região central da cidade,
foi pintada de amarelo, assim como as largas colunas e portas de
vidro de sua entrada, que tiveram
apenas o acabamento restaurado
e foram mantidas praticamente
em seu estado original.
Assim também foram os cuidados com o saguão central do Paramount, que ainda conserva piso
-com pedras de mármore brancas e pretas- e adornos da época
em que foi inaugurado, em 1929.
As escadas nas laterais do salão
também tiveram seus corrimãos
restaurados.
A reforma principal aconteceu
na platéia e no palco do teatro, demolidos e reconstruídos quase integralmente. Agora o Paramount
abre suas portas com capacidade
para aproximadamente 2.000
pessoas, distribuídas no largo balcão superior, camarotes e platéia.
O teatro conta ainda com um
fosso para orquestra, mesas para
controle de som e luz, além de
apresentar carpete em toda a extensão da sala de espetáculos.
A direção do Paramount se recusou a oferecer dados sobre os
custos e resultados da reforma até
a inauguração do teatro.
A reforma é de responsabilidade da CIE (Companhia Internacional de Entretenimento), que
arrendou o teatro pelo período de
40 anos. A empresa, de origem
mexicana, já produziu, no Brasil,
espetáculos como "O Beijo da
Mulher Aranha" - atualmente
em cartaz no teatro Jardel Filho,
também na avenida Brigadeiro
Luís Antônio - e "Aí Vem o Dilúvio", além de ser proprietária
das casas de espetáculo Credicard
Hall e DirecTV Music Hall, em
São Paulo, e ter recém-adquirido
o ATL Music Hall, no Rio.
O Paramount estava fechado
desde 96. Em 79, o teatro teve sua
platéia dividida em cinco salas e,
na década de 90, exibia filmes
pornôs e peças adultas e infantis.
Agora, a reabertura será com o
megaespetáculo "Les Misérables", produzido pela mexicana
CIE -com produção orçada em
R$ 3,5 milhões-, baseado na
obra de Victor Hugo, com autoria
musical de Alain Boublil e trilha
composta por Claude-Michel
Schönberg.
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