São Paulo, domingo, 29 de março de 2009

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Outro Canal

DANIEL CASTRO - daniel.castro@grupofolha.com.br

Rafael Andrade/ Folha Imagem
O OPOSTO
Fernanda Machado, 28, conheceu o sucesso em sua terceira novela, "Paraíso Tropical", e com "Tropa de Elite", em 2007. Agora reconhecida, viverá sua primeira vilã, seu primeiro papel central. Em "Caras & Bocas", próxima novela das sete da Globo, disputará Malvino Salvador com a mocinha de Flávia Alessandra. "Laís é minha primeira personagem que é muito distante de mim, o oposto de mim. Sempre fiz personagens mais ou menos parecidas, um acting mais minimalista mesmo. A Laís, não. Ela é totalmente exuberante, grandiosa, voluptuosa, barraqueira. Usa cabelão, saltão, minissaia", descreve. "É uma personagem de filme de Pedro Almodóvar".

Para Marcelo Tas, jornalista que faz propaganda é antiético

Apresentador do "CQC", da Band, o multimídia Marcelo Tas, 49, se viu no centro de uma polêmica, há dez dias, quando o jornal norte-americano "The Wall Street Journal" revelou que ele, com sua "mistura de humor e jornalismo", tornou-se uma celebridade no Twitter, rede social em que publica uma espécie de blog cujas mensagens (ou "tweets") não ultrapassam 140 caracteres. Tas tinha então 18 mil seguidores -já são mais de 22 mil.
O problema é que o Twitter de Tas publica mensagens patrocinadas pela Telefónica. E, numa dessas mensagens, elogiou um produto da empresa, o Xtreme (banda larga, telefonia e TV paga via fibra ótica). No "CQC", o engenheiro Tas, que quase se formou em jornalismo, anuncia chiclete e cerveja. Tas, no entanto, considera antiético jornalista fazer publicidade disfarçada de jornalismo. Mas defende o direito de vender espaços comerciais. Diz que seus detratores querem "transformar a internet numa Cuba" eletrônica. A Folha propôs a Tas uma bateria de perguntas agressivas, como as que fazem os integrantes do "CQC". Ele topou.

 

FOLHA - Você acha ético jornalista fazer propaganda disfarçada?
MARCELO TAS
- Não, não acho ético. Mas não é absolutamente isso o que estou fazendo.

FOLHA - O que você está fazendo?
TAS
- Estou dando dicas de vídeo como eu sempre fiz. E tem muito jornalista se mordendo de inveja, tentando dizer isso que você colocou.

FOLHA - Você acha que tem jornalista invejoso dizendo que isso é jabaculê?
TAS
- Não. E, se fosse, seria um jabaculê muito caro, porque tenho um banner de três centímetros na minha página [espaço ocupado pela Telefónica]. Qualquer portal tem banner de 13 centímetros.

FOLHA - E quanto vale esse jabá?
TAS
- Por contrato não posso dizer. Acredito que estejam atribuindo à minha opinião algum valor.

FOLHA - Isso quer dizer que você está vendendo a sua opinião?
TAS
- Não, estou vendendo um espaço no meu Twitter, como a Folha vende. A Ilustrada vem com a primeira página inteirinha empastelada de publicidade e ninguém fala nada. As pessoas confundem espaço publicitário com vender opinião. Gostaria que me apontassem com rigor e precisão onde vendi a minha opinião.

FOLHA - Você publica "tweets" com a palavra "xtreme".
TAS
-"Xtreme" é a "tag" de todos os "tweets" que estão relacionados a esse contrato com a Telefónica. Aliás, eu exigi isso, para que fique transparente. Quem achar que isso está contaminado, que não clique.

FOLHA - Quando você começou a fazer cross dressing, a se disfarçar de jornalista e humorista e vice-versa?
TAS
- Comecei no primeiro dia, com Ernesto Varela, porque não sabia fazer jornalismo.

FOLHA - Você chama seus detratores de ejaculadores precoces. Tem conhecimento de causa?
TAS
- Não. Sempre treinei, desde quando me relacionava com animais na fazenda, a retardar o meu prazer para deleitar minhas parceiras, ha, ha, ha.

FOLHA - Você não acha o CQC argentino melhor que o brasileiro?
TAS
- Não, é muito pior. É tão pior que está em crise, até trocaram o apresentador.


GALÃ ANÔNIMO
Galã nos anos 70, Mario Cardoso sumiu da TV há dez anos. Há quatro, reapareceu em participações curtas. Sobreviveu como diretor de dublagens e gerente de uma indústria. A partir de abril, terá de novo emprego na televisão com a série "Tudo Novo de Novo", da estreante Lícia Manzo, sobre descasados que reconstroem famílias. Ele interpretará um executivo bem-sucedido que não quer ter mais filhos, apesar da insistência da namorada (Cristina Flores).

TOSCANA
Cauã Reymond e Paola Oliveira são mais dois nomes reservados para a próxima novela de Silvio de Abreu, que só deve estrear em meados de 2010. A trama terá também Fernanda Montenegro, Tony Ramos, Mariana Ximenes, Cleyde Yaconis e Sérgio Brito. Terá uma fase grande com gravações na Toscana, na Itália. Outro núcleo, segundo Abreu, será ambientado em São Paulo.

ASCENSÃO
O "Domingão do Faustão" passa por uma nova fase de alta no Ibope. Em São Paulo, marcou 14 pontos em janeiro, 15 em fevereiro e está com 17 em março. No horário, o SBT também sobe. Neste mês, aparece empatado com a Record, com dez pontos na capital paulista. O "Domingo Legal" vem se destacando no Rio e em Fortaleza, onde foi líder na semana passada.

INTERNACIONAL
A Globo firmou um convênio de cooperação científica e intercâmbio cultural com a prestigiada Universidade da Califórnia, a UCLA, dona de um dos maiores núcleos de estudos sobre o cinema e a televisão da América Latina. Seus estudantes estão assistindo às minisséries de Luiz Fernando Carvalho ("Hoje É Dia de Maria", "Os Maias"), para sabatiná-lo em seminário em 6 e 7 de maio.


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