São Paulo, quinta-feira, 29 de abril de 2010

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Crítica

Exagero de "Segredos e Mentiras" faz filme crescer

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Às vezes, um filme precisa de um empurrãozinho do exagero para dar certo.
No caso de "Segredos e Mentiras" (Futura, 1h30; livre), Cynthia é uma suburbana branca, de meia-idade, a caminho de uma velhice infeliz. Hortense é uma jovem negra, bela e bem-sucedida.
Hortense, filha adotiva, procura a verdadeira mãe. E a encontrará na inverossímil pessoa de Cynthia. Como uma branquela inglesa teve uma filha negra retinta? Bem, isso será questão para Cynthia, pois daqui por diante se trata, para ela, de desencavar seu próprio passado.
Não é a "boa história" que tanto se pede dos roteiristas brasileiros. O achado da mãe branca/filha negra é que traz o filme para cima.
Outro diapasão é o de "O Gabinete do Dr. Caligari" (TC Cult, 2h55; 14 anos). O filme de Robert Wiene, inaugural do expressionismo alemão (1920), é um desses que todo cinéfilo tem de ver ao menos uma vez. O terrível doutor que hipnotiza os fracos ainda hoje tem muito a nos dizer.


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