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PANORÂMICA
Em protesto contra FHC, Chico Buarque proíbe obras suas na Expo, em Hannover
O cantor e compositor Chico
Buarque de Hollanda vetou o
uso de obras vinculadas a sua
produção artística na Expo
2000, a Exposição Universal de
Hannover, que começa quinta.
Segundo sua assessoria de imprensa, Buarque não quer ver
seu nome e sua obra ligados em
nenhum nível ao governo Fernando Henrique Cardoso, cujas
ações não contam com o seu
apoio. A mesma posição já o levara a não participar da festa dos
500 anos em Brasília, em abril.
FHC é convidado de honra na
abertura da feira; seu filho, Paulo Henrique, coordena a produção do pavilhão do Brasil, cujo
custo, R$ 13,7 milhões, foi criticado. A ala foi projetada pela cenógrafa e diretora Bia Lessa, que
explorou aspectos da cultura ou
da economia brasileira nas salas.
O compositor negou autorização para o uso de sua música "O
Que Será?" no filme "Pessoas do
Brasil", produzido por Tadeu
Jungle e Carlos Rennó, que seria
exibido em instalação de Lessa.
Outra obra que não poderá ser
apresentada é o filme "As Cidades", dirigido por José Henrique
Fonseca, que estaria também
programado para a instalação.
O filme é uma co-produção da
Conspiração Filmes e do canal
Multishow e apresenta um show
ao vivo de Buarque, entrecortado por entrevistas com o artista
e outras personalidades, como o
arquiteto Oscar Niemeyer.
Chico Buarque não quis dar
entrevista ontem. Segundo sua
assessoria, ele não tem nada
contra a feira e sim contra as atitudes do governo brasileiro.
O episódio, ainda segundo a
assessoria, não deve ser visto como veto, pois Lessa teria pedido
a autorização para o uso das
obras há um mês e ele teria dito
não, alegando motivação política. Ainda assim, Lessa, Jungle e
Rennó teriam seguido o trabalho e voltado a pedir autorização, que foi novamente negada.
(DA SUCURSAL DO RIO)
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