São Paulo, sexta-feira, 29 de maio de 2009

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Crítica

"Shakespeare Apaixonado" é apenas gracioso

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não se pode dizer que o destino foi ingrato com John Madden. Após uma carreira apagada, foi indicado para o Oscar de melhor direção de 1998 por "Shakespeare Apaixonado" (MGM, 22h, não indicado para menores de 12 anos), que por sinal ganhou o prêmio como melhor filme do ano. Depois disso, seguiu-se uma carreira igualmente apagada.
O episódio é útil para lembrar o quanto são relativas as premiações e a glória humana. E, sobretudo, o quanto é falível o critério de autoridade: "Ah, tem que ser bom, ganhou o Oscar" etc. Não é bem assim.
"Shakespeare" é um filme gracioso, nada mais, em que o escritor, em completa crise de ideias, vive uma paixão que o motiva a escrever o clássico "Romeu e Julieta". É difícil imaginar Shakespeare em crise, a julgar por sua produção. Mas é daí que vem o encanto da trama: do que tem de implausível e, até, supérfluo. Vale como passatempo, mas, francamente, dá para esquecer após dobrar a primeira esquina.


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