Fred Mota e Fernando Bicudo são os tops do momento; há espaço para a androginia

RONALD VILLARDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

No primeiro dia de desfiles da São Paulo Fashion Week a imagem masculina mostrada trouxe um homem de atitude sexy, mas que não ostenta virilidade, com uma atitude bastante juvenil.
Com exceção do desfile de Fause Haten, em um ou outro look houve pouco espaço para extravagâncias em termos de moda. Os estilistas optaram por imagens menos agressivas, mais tranquilas, mesmo em termos de styling e de música de seus desfiles -uma grande diferença, diante de anos anteriores.
A atual onda da androginia e a coincidência das datas da SP Fashion Week com a temporada do masculino em Milão (os tops brasileiros estão na Itália) abriram caminho para que novos rostos sobressaíssem nesta temporada. Um deles, o modelo Maiko, que é barman de um clube em São Paulo, o Ultralounge, já é apontado por fotógrafos e stylists como um dos hits do momento, justamente por fugir do estereótipo comum de beleza masculina.
O booker da agência Marylin Anderson Baungartner diz que "a beleza alternativa está ganhando mais espaço; os meninos com cabelo comprido são privilegiados porque é possível fazer moicanos e franjas" da moda. O booker reconhece que "neste momento há uma procura por modelos mais jovens, com caras de menino". O produtor Cesar Fassina, stylist do desfile da Ellus, diz que por isso mesmo "modelos de apenas 23 anos estão sendo chamados de velhos". Ele avisa que "a onda de androginia vai passar logo, e vão ficar os modelos que não têm corpos tão musculosos, mas que podem fazer tanto o look andrógino quanto desfilar um terno de Ricardo Almeida".
Entre os outros modelos que já são sucesso na temporada brasileira estão Fred Mota, que abriu o desfile da Ellus no look Querelle-encontra-Tom-of-Finland, o pós-adolescente Fernando Bicudo e o moreno das costas tatuadas, Ricardo Ishiama.


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