DA REPORTAGEM LOCAL

Os 11 encontros do seminário "A Odisséia do Teatro Brasileiro", entre 14 e 25 deste mês, serão documentados em livro pela editora Senac (data a confirmar). A professora Silvana Garcia (USP) organizará o projeto.
Todos os encontros foram gravados (exceção de Fauzi Arap) e devem ganhar uma edição também em vídeo.
Participaram 18 personalidades de São Paulo, Rio e Minas (leia quadro abaixo). A iniciativa é da ONG Ágora - Centro de Desenvolvimento Teatral, criada há cerca de um ano pelo ator Celso Frateschi e pelo diretor Roberto Lage. A sede é o teatro de mesmo nome no bairro paulistano da Bela Vista.
Ambos fazem um balanço positivo do seminário, que lotou os 90 lugares da platéia em todos os encontros (foram colocadas cadeiras extras nas últimas noites).
"A única frustração, mas perfeitamente superada, foi a falta de apoio dos órgãos públicos e da iniciativa privada", diz Frateschi, 48. O evento custou cerca de R$ 7.000 (entre passagens, hospedagem, alimentação), "à custa" dos organizadores. "A Secretaria Estadual de Cultura e o MinC chegaram a acenar com recursos, mas depois recuaram", afirma Lage, 53.
Prevaleceu a "solidariedade" dos convidados (todos dispensaram o pagamento de cachê) e dos atores e estudantes do Ágora, que trabalharam sem remuneração.
Além de esboçar uma linha evolutiva do teatro brasileiro, Frateschi acredita que o evento restitui a reflexão sobre o fazer artístico. De certa forma, completa o movimento Arte contra a Barbárie, centrado na falta de política dos governos para o setor. (VS)



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