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São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 2003

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COPIÃO

"Ministro do cinema" abre concursos públicos

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

Foram publicadas anteontem no "Diário Oficial" portarias que oficializam a promoção, pelo Ministério da Cultura, de três concursos:
a) desenvolvimento de roteiros (total de R$ 300 mil, para dez projetos), b) telefilmes juvenis em curta-metragem (R$ 1,2 milhão, para 20 projetos), c) realização de vídeos em cidades com até 20 mil habitantes (R$ 600 mil, para 40 projetos).
A esses, soma-se o concurso lançado na semana passada, para a realização de curtas (R$ 2 milhões, para 40 projetos).
Nos próximos dias, devem ser lançados os de divulgação de documentários e o de produção de longas, para o qual estudos do MinC previam o apoio a nove projetos (exclusivamente de diretores estreantes), com algo entre R$ 600 mil e R$ 800 mil.
A abertura dos concursos coincide com o discurso de Gilberto Gil no encerramento do 31º Festival de Gramado, sábado, quando intitulou-se "ministro da cultura e do cinema".
E disse que não pode nem quer resolver as dificuldades "apenas com medidas pontuais que, no máximo, geram mais uma safra de filmes e deixam o futuro ainda incerto".

CITAÇÃO É referência ao "Macunaíma" de Joaquim Pedro de Andrade ("Cada um por si e Deus contra Todos") o título de "Contra Todos", longa-metragem que Roberto Moreira finaliza

VIVER PARA CONTAR
Ganhou o título "Abry" e será exibido no Videobrasil e na Jornada da Bahia o filme-testemunho de dona Lúcia Rocha (mãe de Glauber), sobre sua internação hospitalar para cirurgia cardíaca. A direção é de Joel Pizzini.

PLANO B
Em carta-convite a novos sócios da Academia Brasileira de Cinema, seu presidente, Luiz Antonio Viana, informa: "O patrocínio da BR Distribuidora não foi renovado e, por este motivo, estamos buscando novos parceiros e mobilizando outras alternativas para financiar a realização do Grande Prêmio".

CONTA REDONDA 1
Na primeira versão do discurso de Gil em Gramado, o trecho que se referia à meta de produção, distribuição e exibição de títulos brasileiros a ser atingida até o final do governo Lula dizia "de 120 a 150 filmes".

CONTA REDONDA 2
Esse número foi arredondado para cem numa reunião de Gil com seus secretários, já em Gramado. "Cem é um número carregado de simbologia e foi o máximo que o Brasil já produziu historicamente. Não sei se temos fôlego para passar disso", diz o secretário do Audiovisual, Orlando Senna.

CONTA REDONDA 3
O ministro falou de improviso quando disse que "é intolerável que se produzam no Brasil, nos últimos dois anos, em torno de 75 filmes e só trinta e poucos possam ter tido exibição garantida". E quando insistiu: "É intolerável, inaceitável, isso tem que mudar".


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