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COPIÃO
"Ministro do cinema" abre concursos públicos
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram publicadas anteontem no "Diário Oficial"
portarias que oficializam a promoção, pelo Ministério da Cultura, de três concursos:
a) desenvolvimento de roteiros (total de R$ 300 mil, para dez
projetos), b) telefilmes juvenis
em curta-metragem (R$ 1,2 milhão, para 20 projetos), c) realização de vídeos em cidades com
até 20 mil habitantes (R$ 600
mil, para 40 projetos).
A esses, soma-se o concurso
lançado na semana passada, para a realização de curtas (R$ 2
milhões, para 40 projetos).
Nos próximos dias, devem ser
lançados os de divulgação de
documentários e o de produção
de longas, para o qual estudos
do MinC previam o apoio a nove projetos (exclusivamente de
diretores estreantes), com algo
entre R$ 600 mil e R$ 800 mil.
A abertura dos concursos
coincide com o discurso de Gilberto Gil no encerramento do
31º Festival de Gramado, sábado, quando intitulou-se "ministro da cultura e do cinema".
E disse que não pode nem
quer resolver as dificuldades
"apenas com medidas pontuais
que, no máximo, geram mais
uma safra de filmes e deixam o
futuro ainda incerto".
CITAÇÃO É referência ao "Macunaíma" de Joaquim Pedro de Andrade ("Cada um por si e Deus contra Todos") o título de "Contra Todos", longa-metragem que Roberto Moreira finaliza
VIVER PARA CONTAR
Ganhou o título "Abry" e
será exibido no Videobrasil e
na Jornada da Bahia o filme-testemunho de dona Lúcia
Rocha (mãe de Glauber), sobre
sua internação hospitalar para
cirurgia cardíaca. A direção é
de Joel Pizzini.
PLANO B
Em carta-convite a novos
sócios da Academia Brasileira
de Cinema, seu presidente,
Luiz Antonio Viana, informa:
"O patrocínio da BR
Distribuidora não foi
renovado e, por este motivo,
estamos buscando novos
parceiros e mobilizando outras
alternativas para financiar a
realização do Grande Prêmio".
CONTA REDONDA 1
Na primeira versão do
discurso de Gil em Gramado, o
trecho que se referia à meta de
produção, distribuição e
exibição de títulos brasileiros a
ser atingida até o final do
governo Lula dizia "de 120 a
150 filmes".
CONTA REDONDA 2
Esse número foi
arredondado para cem numa
reunião de Gil com seus
secretários, já em Gramado.
"Cem é um número carregado
de simbologia e foi o máximo
que o Brasil já produziu
historicamente. Não sei se
temos fôlego para passar
disso", diz o secretário do
Audiovisual, Orlando Senna.
CONTA REDONDA 3
O ministro falou de improviso quando disse que "é intolerável que
se produzam no Brasil, nos últimos dois anos, em torno de 75 filmes
e só trinta e poucos possam ter tido exibição garantida". E quando
insistiu: "É intolerável, inaceitável, isso tem que mudar".
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