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Gerald Thomas recusa
fim de investigação
DA SUCURSAL DO RIO
O diretor de teatro Gerald Thomas, 49, recusou ontem a proposta do Juizado Especial Criminal
do Rio de pagar cinco salários mínimos a uma instituição de caridade para encerrar a investigação
de que teria cometido "ato obsceno" ao mostrar as nádegas para a
platéia que o vaiou durante a ópera "Tristão e Isolda", no Teatro
Municipal, no último dia 16.
O caso foi repassado ao Ministério Público Estadual, que vai decidir se oferecerá denúncia (acusação formal) contra o diretor.
Thomas rejeitou a proposta por
considerar que não cometeu crime. Apesar de ter recusado a pena
proposta, Thomas afirmou que
"lamenta profundamente o que
ocorreu" e que pediu desculpas
publicamente pelo que fez. Em
depoimento ao juiz Antônio Carlos Amado, do 2º Juizado Especial
Criminal, Thomas disse que fizeram "hipocrisia" sobre o seu gesto
ao torná-lo caso de polícia. Antes
de seu relato à Justiça, Thomas teve que comparecer à 5ª Delegacia
de Polícia do Rio para prestar esclarecimentos. O diretor afirmou
que, se aceitasse a pena, poderia
abrir um "precedente perigoso"
para outros artistas. "Todos passariam a se sentir intimidados de
fazer qualquer coisa."
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