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"Taís e seus cachos mudam a história do negro na TV"
Não é "só" a ditadura da chapinha
para alisar cabelos que
está em jogo comos tão comentados
cachos de Taís Araújo em
"Viver a Vida" (Globo), de Manoel
Carlos. Sua personagem
na novela das oito é um marco
na história dos negros na teledramaturgia brasileira.
A opinião é do estudioso do
tema, o cineasta Joel Zito Araújo,
autor do livro e documentário
"Negação do Brasil - O Negro
na Telenovela Brasileira"
(2000). Não apenas pelo fato de
ser a primeira protagonista negra
no horário nobre, mas porque
o tratamento dado ao personagem é
inédito. Desta vez,
Taís não está inserida em um
contexto branco, como aconteceu
em "Da Cor do Pecado" [novela
das sete de 2004], quando
a atriz se tornou a primeira
protagonista negra em novelas
cujo tema não era escravidão.
Em "Viver a Vida", ela tem
uma família negra em que cada
membro tem sua história. Para
Joel, o fato de a personagem
ser top model é importante para
a autoestima dos negros.
Também é inédito que os cabelos
crespos sejam valorizados e
não alisados, como em papéis
antes interpretados por Taís.
Em "A Favorita", sua novela
anterior, o cabelo era tão liso
que teve de por peruca. Supervisor
de caracterização de "Viver
a Vida", Fernando Torquatto
diz que era hora de Taís surgir
com o cabelo dela. Queria
glamour para a raça, a exuberância
do cabelo natural. O segredo
daqueles cachos é hidratação
e leave-in. Cabeleireiro-
celebridade, Marco Antônio
di Biaggi diz que a novela
reforça a tendência antichapinha,
apesar de a personagem
também usar cabelo liso.
OOOI, GATINHA...
Galã-xavequeiro número um
do Brasil, o Marcos de José Mayer,
marido de Helena (Taís
Araújo) em "Viver a Vida", estampa máscaras vendidas no
comércio popular da rua 25 de Março, em São Paulo.
... VEM SEMPRE AQUI?
E as máscaras do bonitão já
fazem sucesso na noite paulistana.
Na semana passada, foram a atração da festa Balada
Mixta, na Fun House.
LULA PARA MENORES
O filme "Lula, o Filho do Brasil",
que o cineasta Fábio Barreto quer
transformar em minissérie,
foi classificado pelo governo como impróprio a menores de 10 anos,
por conter "lesão corporal e agressão física".
GOL CONTRA
Roberto Justus gostaria que
seu "game show" no SBT, o
"Um Contra Cem", fosse às
quintas e não quartas. É difícil
concorrer com futebol. E confessa:
"Até eu prefiro os jogos
do São Paulo a me ver no SBT".
SEIS CONTRA NOVE
Justus acha que teria três
pontos a mais os dois programas exibidos
registraram seis
na Grande SP. "O público se
acostumou a me ver às quintas,
com o "O Aprendiz". E é mais fácil que o ibope de"
A Grande Família" migre do que o do jogo."
NÃO TEM LIMITE
A final de "No Limite" no domingo teve 17 de média.
O fim da anterior, que havia sido o
pior no Ibope, marcou 33.
por LAURA MATTOS (interina)
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