São Paulo, terça-feira, 29 de setembro de 2009

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Outro Canal

"Taís e seus cachos mudam a história do negro na TV"

Não é "só" a ditadura da chapinha para alisar cabelos que está em jogo comos tão comentados cachos de Taís Araújo em "Viver a Vida" (Globo), de Manoel Carlos. Sua personagem na novela das oito é um marco na história dos negros na teledramaturgia brasileira.
A opinião é do estudioso do tema, o cineasta Joel Zito Araújo, autor do livro e documentário "Negação do Brasil - O Negro na Telenovela Brasileira" (2000). Não apenas pelo fato de ser a primeira protagonista negra no horário nobre, mas porque o tratamento dado ao personagem é inédito. Desta vez, Taís não está inserida em um contexto branco, como aconteceu em "Da Cor do Pecado" [novela das sete de 2004], quando a atriz se tornou a primeira protagonista negra em novelas cujo tema não era escravidão.
Em "Viver a Vida", ela tem uma família negra em que cada membro tem sua história. Para Joel, o fato de a personagem ser top model é importante para a autoestima dos negros.
Também é inédito que os cabelos crespos sejam valorizados e não alisados, como em papéis antes interpretados por Taís. Em "A Favorita", sua novela anterior, o cabelo era tão liso que teve de por peruca. Supervisor de caracterização de "Viver a Vida", Fernando Torquatto diz que era hora de Taís surgir com o cabelo dela. Queria glamour para a raça, a exuberância do cabelo natural. O segredo daqueles cachos é hidratação e leave-in. Cabeleireiro- celebridade, Marco Antônio di Biaggi diz que a novela reforça a tendência antichapinha, apesar de a personagem também usar cabelo liso.

OOOI, GATINHA...
Galã-xavequeiro número um do Brasil, o Marcos de José Mayer, marido de Helena (Taís Araújo) em "Viver a Vida", estampa máscaras vendidas no comércio popular da rua 25 de Março, em São Paulo.

... VEM SEMPRE AQUI?
E as máscaras do bonitão já fazem sucesso na noite paulistana. Na semana passada, foram a atração da festa Balada Mixta, na Fun House.

LULA PARA MENORES
O filme "Lula, o Filho do Brasil", que o cineasta Fábio Barreto quer transformar em minissérie, foi classificado pelo governo como impróprio a menores de 10 anos, por conter "lesão corporal e agressão física".

GOL CONTRA
Roberto Justus gostaria que seu "game show" no SBT, o "Um Contra Cem", fosse às quintas e não quartas. É difícil concorrer com futebol. E confessa: "Até eu prefiro os jogos do São Paulo a me ver no SBT".

SEIS CONTRA NOVE
Justus acha que teria três pontos a mais os dois programas exibidos registraram seis na Grande SP. "O público se acostumou a me ver às quintas, com o "O Aprendiz". E é mais fácil que o ibope de" A Grande Família" migre do que o do jogo."

NÃO TEM LIMITE
A final de "No Limite" no domingo teve 17 de média. O fim da anterior, que havia sido o pior no Ibope, marcou 33.

por LAURA MATTOS (interina)



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