São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2010

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"Há uma diferença mensurável com Tortelier", diz Nestrovski

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Arthur Nestrovski tem o desafio de se consolidar como diretor artístico da maior orquestra da América Latina. Doutor em literatura e música, Nestrovski foi crítico musical da Folha, editor da Publifolha e professor de pós-graduação na PUC-SP.
Também desenvolve uma carreira artística, com parcerias com músicos como Ná Ozzetti e José Miguel Wisnik. Oito meses depois de assumir o cargo, suas contribuições até aqui foram pontuais. Seu trabalho só deve aparecer a partir de 2011, quando a programação e as gravações que ele agora desenha serão executados. Como por exemplo um frevo que foi encomendado ao compositor Edu Lobo. Leia abaixo trechos da entrevista. (MK)

Folha - Como foram os primeiros meses na Osesp? Arthur Nestrovski - Você chega num cargo desses acima de tudo para aprender. Não chega para ensinar. O que aprendi em termos musicais, administrativos, artísticos e pessoais nesse tempo não é comparável a nenhuma experiência que tive na vida.

Quais serão suas inovações?
Jamais deixaremos de lado o repertório de tradição. O fato de hoje executarmos Beethoven tão bem ou até melhor do que orquestras europeias ou americanas já é notável. Mas temos que fazer a diferença. A pista é assumir uma identidade absolutamente brasileira e latina.

Como avalia o trabalho de Tortelier? Estaria ele no mesmo nível de Neschling?
Até mais. Há uma diferença palpável, mensurável, objetiva e reconhecida não apenas por mim, mas internacionalmente.

O maestro Neschling tem publicado críticas ácidas em seu blog.
Eu sou diretor artístico da Osesp, não tenho tempo nem para ler e muito menos para escrever blogs. Isso é para gente que tem tempo livre e que ainda por cima nos processa por um motivo que me parece espúrio, e de uma forma que me parece inacreditavelmente inadequada.

Você se refere à ação trabalhista movida por ele?
Ele era seu chefe, se dava seu salário magnânimo e depois move uma causa trabalhista porque distribuía notas fiscais para si mesmo, para fugir do imposto.
É um absurdo.


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