São Paulo, quinta-feira, 29 de outubro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

"A Regra do Jogo" é painel formidável da hipocrisia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não há exemplo mais incômodo para os defensores da identidade entre o valor de mercado (valor de troca) e o valor artístico (valor de uso) de um filme do que "A Regra do Jogo" (TV5 Monde, 21h30, classificação não informada).
Seu fracasso, em 1939, foi estrondoso. As coisas não foram melhor nos relançamentos de 1945 e 1948. Foi preciso esperar 1965 para o mundo começar a perceber a obra-prima.
Desrespeitosa, sim. Por isso, a França respeitosa de 1939 resolveu banir o filme de Jean Renoir. O pós-guerra também não lhe deu importância.
O importante: o formidável painel dos usos e dos costumes em geral hipócritas da alta sociedade francesa e seus eventuais contrastes com o comportamento mais franco das classes inferiores. Num filme em que não faltam personagens principais (nove), também não faltam oportunidades de rir.

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