São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2010

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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO

Mudo, filme soviético revela cinema ainda sem cânones

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Com os filmes que passa, bem que o Futura podia ter uma imagem melhorzinha. Em todo caso, proporciona surpresas como "O Homem com a Câmera" (22h; classificação não informada), um filme soviético mudo.
Nos anos 1920, ninguém sabia o que era o cinema. Inventava-se. Pensava-se. Descobria-se o instrumento.
E Dziga Vertov não se propunha a outra coisa. Concebia a câmera como uma espécie de microscópio, capaz de ver aquilo de que os olhos eram incapazes.
Mas o que fazia esse material bruto realmente visível era a articulação entre as cenas, a montagem. Ali as imagens respiram e renascem, tornam-se efetivamente matéria. Porque Vertov era, claro, um materialista.


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