São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2008

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Luiz Paulo Horta é empossado na Academia Brasileira de Letras

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

A ABL (Academia Brasileira de Letras) empossou ontem à noite o jornalista, teólogo e crítico musical Luiz Paulo Horta, 65. Primeiro acadêmico ligado à música, Horta é o sucessor da escritora Zélia Gattai na cadeira nº 23, inaugurada em 1897 por Machado de Assis e ocupada também por Jorge Amado de 1961 a 2001.
No discurso de posse, Horta homenageou Machado de Assis e lembrou o centenário de morte do escritor. "Se há o Machado melancólico do Dom Casmurro e do Quincas Borba, há o Machado dos contos, o Machado inesgotável das crônicas, e o Machado final do Memorial de Ayres, que eu leio como se fosse pura música", disse Horta, que também citou os outros ocupantes da cadeira.
Na cerimônia, realizada no Salão Nobre do Petit Trianon, Horta foi recebido pelo acadêmico Tarcísio Padilha e recebeu o Colar Acadêmico do escritor Ivan Junqueira. A entrega do diploma de membro efetivo foi feita pelo acadêmico Arnaldo Niskier.
"A Academia Brasileira de Letras vos acolhe de braços abertos na plena convicção de que vós lhe aportareis a preciosa contribuição de vossa cultura e de vosso ameno convívio", discursou Padilha. Horta foi eleito para a ABL com 23 votos em agosto. Em segundo lugar ficou o escritor Ziraldo, com 11.
Jornalista e teólogo, ele atua desde os anos 1970 como crítico em jornal e atualmente escreve para "O Globo". O crítico é autor de "Sete Noites com os Clássicos" e "Villa Lobos: Uma Introdução", entre outros livros.


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