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Luiz Paulo Horta é empossado na Academia Brasileira de Letras
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
A ABL (Academia Brasileira de Letras) empossou ontem à noite o jornalista, teólogo e crítico musical Luiz
Paulo Horta, 65. Primeiro
acadêmico ligado à música,
Horta é o sucessor da escritora Zélia Gattai na cadeira
nº 23, inaugurada em 1897
por Machado de Assis e ocupada também por Jorge
Amado de 1961 a 2001.
No discurso de posse, Horta homenageou Machado de
Assis e lembrou o centenário
de morte do escritor. "Se há o
Machado melancólico do
Dom Casmurro e do Quincas
Borba, há o Machado dos
contos, o Machado inesgotável das crônicas, e o Machado
final do Memorial de Ayres,
que eu leio como se fosse pura música", disse Horta, que
também citou os outros ocupantes da cadeira.
Na cerimônia, realizada no
Salão Nobre do Petit Trianon, Horta foi recebido pelo
acadêmico Tarcísio Padilha e
recebeu o Colar Acadêmico
do escritor Ivan Junqueira. A
entrega do diploma de membro efetivo foi feita pelo acadêmico Arnaldo Niskier.
"A Academia Brasileira de
Letras vos acolhe de braços
abertos na plena convicção
de que vós lhe aportareis a
preciosa contribuição de
vossa cultura e de vosso ameno convívio", discursou Padilha. Horta foi eleito para a
ABL com 23 votos em agosto.
Em segundo lugar ficou o escritor Ziraldo, com 11.
Jornalista e teólogo, ele
atua desde os anos 1970 como crítico em jornal e atualmente escreve para "O Globo". O crítico é autor de "Sete
Noites com os Clássicos" e
"Villa Lobos: Uma Introdução", entre outros livros.
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