São Paulo, quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

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Drummond é campeão de presença

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma coincidência chamou a atenção dos responsáveis pelos conteúdos do Museu da Língua Portuguesa. Depois de reunidos, os roteiros de cada parte da exposição permanente apontavam para um campeão de ocorrência: o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade.
Ao todo, Drummond aparecerá de sete a oito vezes em todo o museu, um número considerado alto pelo diretor artístico da instituição, Marcelo Dantas:
"É bastante. Ninguém saiu imaginando que ia acontecer, mas quando vimos o projeto final, sacamos a freqüência. E o que foi selecionado é bom, ficou pelo seu mérito, porque Drummond sintetiza bem a beleza da língua portuguesa."

Moderno
Somente na Linha do Tempo, Drummond é citado três vezes: no capítulo dedicado ao modernismo, com "Alguma Poesia" (1930), e no período posterior ao modernismo, com "A Rosa do Povo" (1945) e "Claro Enigma" (1951).
Na Praça da Língua, o poeta mineiro terá pelo menos três "ocorrências". A frase "Penetra Surdamente no Reino das Palavras", do poema "Procura da Poesia", publicado em 1945, abre a apresentação, na voz do ator Matheus Nachtergaele. Em seguida, vem um trecho do poema "Seu Santo Nome", na voz da poeta paranaense Alice Ruiz, "Isto É Aquilo" e "Favelário Nacional" aparecem na voz de Hermínio Bello de Carvalho e com acompanhamento, em ritmo de batucada, da cantora Elza Soares.
"É, por conseqüência, o maior poeta da língua portuguesa no Brasil, assim como Fernando Pessoa, que também aparece mais de uma vez, é o maior poeta da língua em Portugal", vaticina Nestrovski. "Difícil foi limitar a sua presença e não fazê-lo aparecer freqüentemente."
(ES)


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