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Drummond é campeão de presença
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma coincidência chamou a
atenção dos responsáveis pelos
conteúdos do Museu da Língua
Portuguesa. Depois de reunidos,
os roteiros de cada parte da exposição permanente apontavam para um campeão de ocorrência: o
poeta mineiro Carlos Drummond
de Andrade.
Ao todo, Drummond aparecerá
de sete a oito vezes em todo o museu, um número considerado alto
pelo diretor artístico da instituição, Marcelo Dantas:
"É bastante. Ninguém saiu imaginando que ia acontecer, mas
quando vimos o projeto final, sacamos a freqüência. E o que foi selecionado é bom, ficou pelo seu
mérito, porque Drummond sintetiza bem a beleza da língua portuguesa."
Moderno
Somente na Linha do Tempo,
Drummond é citado três vezes:
no capítulo dedicado ao modernismo, com "Alguma Poesia"
(1930), e no período posterior ao
modernismo, com "A Rosa do
Povo" (1945) e "Claro Enigma"
(1951).
Na Praça da Língua, o poeta mineiro terá pelo menos três "ocorrências". A frase "Penetra Surdamente no Reino das Palavras", do
poema "Procura da Poesia", publicado em 1945, abre a apresentação, na voz do ator Matheus
Nachtergaele. Em seguida, vem
um trecho do poema "Seu Santo
Nome", na voz da poeta paranaense Alice Ruiz, "Isto É Aquilo"
e "Favelário Nacional" aparecem
na voz de Hermínio Bello de Carvalho e com acompanhamento,
em ritmo de batucada, da cantora
Elza Soares.
"É, por conseqüência, o maior
poeta da língua portuguesa no
Brasil, assim como Fernando Pessoa, que também aparece mais de
uma vez, é o maior poeta da língua em Portugal", vaticina Nestrovski. "Difícil foi limitar a sua
presença e não fazê-lo aparecer
freqüentemente."
(ES)
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