São Paulo, quarta-feira, 30 de janeiro de 2002

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MEMÓRIA

Sueca vendeu 120 mi de livros

Astrid Lindgren, "mãe" de Píppi, morre aos 94

DA REPORTAGEM LOCAL

Píppi Meialonga, uma das grandes personagens da literatura infantil do século 20, está órfã de vez. A criança de cabelos cor de cenoura, que não tinha pai, nem mãe, perdeu sua criadora.
Morreu anteontem, em Estocolmo, aos 94 anos, a escritora Astrid Lindgren, autora de mais de 80 livros, traduzidos para 70 idiomas.
Embora dona de vendagens discretas no Brasil, Lindgren pertencia ao clube dos grandes best-sellers mundiais, com mais de 120 milhões de exemplares vendidos.
Sua obra-prima era a primeira historieta de Píppi Meialonga, que foi reeditada no Brasil no ano passado pela Companhia das Letrinhas ("Píppi a Bordo", outra obra com a personagem, deve ser lançada pela editora em maio).
Escrito em 1945, "Píppi Meialonga" conta as travessuras da menina de 9 anos que vivia em um bosque com um cavalo e um macaquinho, e que se defendia dos meninos mais velhos, dos bandidos, enfrentava um touro a unha e fazia suas próprias (extravagantes) roupas e comidas.
"Ela não tinha mãe nem pai, e isso era, claro, muito legal, porque não havia ninguém para mandar ela para cama bem quando ela estava se divertindo mais...", é como começa o livro.
A influência da escritora não rodava apenas sobre assuntos literários ou educacionais. Lindgren era uma das pessoas mais influentes também na política e na economia suecas e foi eleita, em 1999, como a grande personalidade do país no século 20.
(CASSIANO ELEK MACHADO)


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