São Paulo, sábado, 30 de janeiro de 2010

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O fim do ego

Começa a sair nova tradução das obras completas de Freud, projeto que quer resgatar fluência do original e mudar termos consagrados

Divulgação
Sigmund Freud (1856-1939), cuja obra ganhará nova tradução brasileira direto do alemão

MARCOS STRECKER
DA REPORTAGEM LOCAL

Freud não é mais o mesmo para o leitor brasileiro. Novas traduções estão dando nova cara aos textos do fundador da psicanálise, mudando termos já popularizados e imprimindo mais coloquialidade.
É o projeto do tradutor e historiador baiano Paulo César de Souza, que começa a publicar pela Companhia das Letras uma nova e ambiciosa versão das obras completas, em 20 volumes, um projeto que começou a desenvolver nos anos 80.
Seu esforço não é único. Em 2004 já haviam saído as primeiras traduções oficiais diretas do alemão, a cargo do psicanalista Luiz Alberto Hanns.
Em entrevista, Souza explica seu projeto e a rejeição a termos popularizados como "ego", que deve voltar a ser "eu", como no original alemão (opção também defendida por Hanns).
Os primeiros três volumes das obras completas chegam às livrarias em março, além da reedição de "As Palavras de Freud", tese de Souza defendida nos anos 90 na USP. Como 2009 marcou os 70 anos da morte de Freud, seus textos originais caíram em domínio público. Ainda que não tão abrangentes, novas traduções também estão sendo lançadas.

 

FOLHA - Há quantos anos você se dedica à tradução de Freud?
PAULO CÉSAR DE SOUZA - O primeiro artigo que publiquei na imprensa já tratava desse tema. Apareceu justamente na Ilustrada, em março de 85. Minha primeira tradução de Freud, de "A Transitoriedade", foi publicada em 89, também na Folha. Depois escrevi várias outras coisas, algumas reunidas em livros, e publiquei traduções numa revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise.


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