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Crítica/"Maria Bethânia"
Cineasta segue os passos de Bethânia com candura
ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Maria Bethânia é uma
grande cantora. E
uma excelente atriz.
A força dramática de sua interpretação já encantou diretores
como Júlio Bressane ("Bethânia Bem de Perto", 1966), Hugo
Santiago ("Maria Bethânia do
Brasil", 2001) e, mais recentemente, o franco-suíço Georges
Gachot ("Maria Bethânia: Música É Perfume", 2005).
Desta vez, é Andrucha Waddington quem se rende aos encantos da baiana em "Maria Bethânia - Pedrinha de Aruanda",
cuja pré-estréia ocorre hoje.
Se resistiu ao filme de Georges Gachot por achar que muita coisa já havia sido feita sobre
seu trabalho -como revelou
em entrevista à Folha há dois
anos-, nesta obra Bethânia
aparece como diretora geral.
Foi dela a idéia de registrar o
espetáculo em que comemorou
os 60 anos de idade, e 40 de
carreira, na Concha Acústica,
em Salvador, em 2005.
O show foi o ponto de partida
para Waddington elaborar um
breve "retrato" da cantora.
"Antes de começar a rodar, falei para ela que, por ser um universo que pertencia à sua intimidade, meu objetivo era desaparecer. Não queria ser uma
pessoa atuante", afirma ele.
Assim, não há entrevistas ou
declarações que expliquem os
porquês de Bethânia. Waddington se restringiu a segui-la,
tanto no show quanto numa visita à casa de sua mãe, Dona
Canô, acompanhada pelo irmão Caetano Veloso.
Esse encontro é o que vale no
documentário: sentados na varanda, Bethânia, Caetano e Dona Canô protagonizam uma
cantoria, rememorando lembranças por meio de composições como "Felicidade", de Lupicínio Rodrigues. Uma roda
de violão singela, com uma das
principais famílias da música
brasileira.
MARIA BETHÂNIA - PEDRINHA DE ARUANDA
Quando: hoje, às 21h
Onde: Cinesesc
Avaliação: bom
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