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FBI caça "snuff" sem sucesso
da Reportagem Local
O chamado "snuff movie", filme
que mostra torturas, mutilações e
assassinatos verdadeiros, está se
transformando em um mito da
grandeza do Pé-Grande ou do
Abominável Homem das Neves.
Depois de investigações sistemáticas desde os anos 70, o FBI não
conseguiu descobrir um exemplar
de "snuff" que não tenha sido
"desmascarado" depois.
"Snuff", em inglês, quer dizer
"apagar", mas também tem o sentido de "morrer". Há uma dezena
de páginas na Internet sobre o assunto. A maioria aponta a origem
da "cultura snuff" em 1973, quando a organização americana Liga
dos Cidadãos pela Decência denunciou ao FBI que um filme pornô com imagens de uma mulher
sendo espancada e morta estava
sendo vendido em universidades.
Foi a festa para os tablóides sensacionalistas. Reportagens, nunca
comprovadas, afirmavam que os
filmes custavam até US$ 500.
Nos anos seguintes, produtores
obscuros realizaram filmes que,
com mais ou menos eficiência,
tentavam imitar legítimos registros de mortes.
Fora da pornografia, muito alvoroço foi conseguido com documentários como "As Faces da
Morte", grande sucesso nos cinemas brasileiros nos anos 80, que
mostrava imagens de execuções.
Nos últimos dez anos, o comércio de filmes que alegam ser
"snuff" aumentou. O público consumidor do pornô hardcore paga
muito, mesmo que a "autenticidade da obra" caia por terra com um
exame mais rigoroso das imagens.
Nos anos 90, o filme "Guinea
Pig", produzido no Japão, fez furor
na Califórnia, virando sucesso total no submundo pornô. Numa jogada de marketing, os produtores
lançaram um ano depois "The Making of Guinea Pig", mostrando os
efeitos que davam a impressão de
realidade do filme original.
(TM)
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