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São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2003

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POPLOAD

A nova dos Strokes e o tecno-rock

Editoria de Arte/Folha Imagem
Collen Fitzpatrick com Debbie Harry e Julian Casablancas ao fundo


LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

É mais ou menos isso. Enquanto a banda-fenômeno do já não tão novo rock está reclusa para gravar o difícil segundo álbum, uma bela loira chamada Collen Fitzpatrick veste o nome de Vitamin C e traz de volta a banda de Julian Casablancas para o pop.
Vitamin C armou uma daquelas famosas músicas híbridas (ou bootlegs) com "Last Nite", o clássico dos Strokes, misturada a outro clássico: "Heart of Glass", do lendário Blondie, que tinha a maravilhosa Debbie Harry. A canção, um contagiante rock-dance, pode ser encontrada na internet com o nome "Last Nite". E corre o risco até de ser lançada em disco.
A moda da música híbrida, vastamente discutida neste espaço em 2001, de certa forma começou a ganhar fama quando o projeto inglês Freelance Hellraiser usou "Hard to Explain", do mesmo Strokes, mesclado a "Genie in the Bottle", da Chris Aguilera. Em sua apropriação de "Last Nite", Vitamin C recria a batida, a levada de guitarra e os "uh-uhs" matadores de Debbie Harry. E canta com a letra da música dos Strokes.
Segundo o semanário britânico "New Musical Express", Vitamin C pediu autorização tanto para os Strokes quanto para Debbie Harry, a fim de tocar o projeto. E a versão on-line desta coluna (www.uol.com.br/folha/pensata) dá a dance "Last Nite" para você ouvir e/ou baixar.

Tecno-rock
A simbiose musical que estava sendo ensaiada já há algum tempo começa a tomar grande vulto. Sabe a pregação incessante desta coluna para você atentar à mistura de rock e eletrônica? A tendência de pistas de rock abrir espaço para as batidas tecno espertas, prática iniciada há uns dois anos pelo DJ roqueiro Erol Alkan, na noite Trash, no clube The End.
Pois a mão inverteu e o rock começa a entrar também em pistas de eletrônica. Um das mais celebradas apresentações de DJ no Reino Unido é a de Adam Freeland. Ele, além de botar muito barulho em suas canções dance próprias, botou seus dedos eletrônicos em um hino sagrado do rock dos anos 90, um hit recente e uma famosa música de um grupo inqualificável.
Freeland desossou "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana, e empregou levada dance a uma das canções mais rock dos últimos tempos. Picotou "Seven Nation Army", do White Stripes, e fez do que sobrou uma das músicas mais bacanas para as pistas. E deu velocidade e uma batida seca para a algo balançante "Idioteque", do Radiohead. Nos três casos, o resultado é espetacular. O que ele fez é coisa muito séria.

lucio@uol.com.br


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