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POPLOAD
A nova dos Strokes e o tecno-rock
Editoria de Arte/Folha Imagem
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Collen Fitzpatrick com Debbie Harry e Julian Casablancas ao fundo |
LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
É mais ou menos isso. Enquanto a banda-fenômeno
do já não tão novo rock está reclusa para gravar o difícil segundo álbum, uma bela loira chamada Collen Fitzpatrick veste o nome de
Vitamin C e traz de volta a banda
de Julian Casablancas para o pop.
Vitamin C armou uma daquelas
famosas músicas híbridas (ou
bootlegs) com "Last Nite", o clássico dos Strokes, misturada a outro clássico: "Heart of Glass", do
lendário Blondie, que tinha a maravilhosa Debbie Harry. A canção, um contagiante rock-dance,
pode ser encontrada na internet
com o nome "Last Nite". E corre o
risco até de ser lançada em disco.
A moda da música híbrida, vastamente discutida neste espaço
em 2001, de certa forma começou
a ganhar fama quando o projeto
inglês Freelance Hellraiser usou
"Hard to Explain", do mesmo
Strokes, mesclado a "Genie in the
Bottle", da Chris Aguilera. Em sua
apropriação de "Last Nite", Vitamin C recria a batida, a levada de
guitarra e os "uh-uhs" matadores
de Debbie Harry. E canta com a
letra da música dos Strokes.
Segundo o semanário britânico
"New Musical Express", Vitamin
C pediu autorização tanto para os
Strokes quanto para Debbie
Harry, a fim de tocar o projeto. E a
versão on-line desta coluna
(www.uol.com.br/folha/pensata) dá a dance "Last Nite"
para você ouvir e/ou baixar.
Tecno-rock
A simbiose musical que estava
sendo ensaiada já há algum tempo começa a tomar grande vulto.
Sabe a pregação incessante desta
coluna para você atentar à mistura de rock e eletrônica? A tendência de pistas de rock abrir espaço
para as batidas tecno espertas,
prática iniciada há uns dois anos
pelo DJ roqueiro Erol Alkan, na
noite Trash, no clube The End.
Pois a mão inverteu e o rock começa a entrar também em pistas
de eletrônica. Um das mais celebradas apresentações de DJ no
Reino Unido é a de Adam Freeland. Ele, além de botar muito barulho em suas canções dance próprias, botou seus dedos eletrônicos em um hino sagrado do rock
dos anos 90, um hit recente e uma
famosa música de um grupo inqualificável.
Freeland desossou "Smells Like
Teen Spirit", do Nirvana, e empregou levada dance a uma das
canções mais rock dos últimos
tempos. Picotou "Seven Nation
Army", do White Stripes, e fez do
que sobrou uma das músicas
mais bacanas para as pistas. E deu
velocidade e uma batida seca para
a algo balançante "Idioteque", do
Radiohead. Nos três casos, o resultado é espetacular. O que ele
fez é coisa muito séria.
lucio@uol.com.br
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