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Documentário
Especial repassa carreira de Bodanzky
SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA
Bons tempos aqueles em que
"14 ou 15 cópias em 16 mm" de
um documentário rodavam o
país, graças ao circuito cineclubista, e contribuíam para modificar a percepção social sobre a
devastação da Amazônia.
O filme em questão é "Jari"
(1978), e parte da incrível história de sua realização e distribuição é contada pelo cineasta Jorge Bodanzky no episódio da série "Retratos Brasileiros" que o
Canal Brasil dedica a ele, com
direção de Evaldo Mocarzel.
Bodanzky e equipe entraram
no Projeto Jari, propriedade do
norte-americano Daniel Ludwig, como se fossem cinegrafistas de uma comitiva do Congresso. Saíram de lá com um filme-denúncia que marcou a
combativa (e, em boa medida,
censurada) produção documental brasileira dos anos 70.
O senador amazonense
Evandro Carreira, que viabilizou as filmagens de "Jari", rendeu ainda a Bodanzky a chance
de "ficcionalizar a realidade"
em "O Terceiro Milênio", espécie de diário de campanha eleitoral pela Amazônia.
Hoje, o cineasta circula pela
região, que conheceu como fotógrafo da extinta revista "Realidade", em um barco que funciona como "laboratório multimídia". No programa, Bodanzky fala um pouco desse
projeto e de seus outros filmes.
Meia hora nem de longe é o
bastante, contudo, para dar
conta de sua notável trajetória.
RETRATOS BRASILEIROS
Quando: hoje, às 11h30
Onde: Canal Brasil
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