São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2008

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Crítica

"Recasamento" conduz "Cupido É Moleque ..."

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não há tema mais freqüente na comédia clássica americana, a comédia sofisticada em particular, do que o "recasamento". De George Cukor a Howard Hawks, passando por Lubitsch, claro, não há um grande especialista do gênero que não tenha abordado o tema.
O tema se presta a variantes como as da dupla Cary Grant e Irene Dunne. Uma vez separados, eles ensaiam se odiar e tentam desesperadamente encontrar o amor em outras pessoas, mas não têm como escapar dessa fatalidade: eles se adoram.
É um fardo, é uma bênção, o que se preferir: é assim que acontece. É sempre a mesma coisa, mas é sempre diferente. Em "Cupido É Moleque Teimoso" (TCM, 14h), Leo McCarey toma conta das coisas. McCarey ficou conhecido por muitas coisas. Pelo melô "Tarde Demais para Esquecer", por ser um perfeito reacionário, por ter dirigido Laurel e Hardy.
O mínimo a dizer é que, no ramo da comédia sofisticada, seu trabalho nada fica a dever ao que fez em outros ramos.


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