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Produção é marco da animação
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES
"Dinossauro" é um marco para
a história da animação. Foram
seis anos de produção, trabalho
de 900 profissionais. Um laboratório digital de US$ 8 milhões, o
The Secret Lab, foi construído para abrigar técnicos e maquinário.
Foram consumidas por semana
cerca de 30 mil horas de processamento de dados. Todos os personagens foram gerados por computador e depois inseridos em
paisagens reais, filmadas digitalmente do deserto do Mojave, na
Califórnia (EUA), à Austrália.
"Mixar esses componentes de
forma harmônica e sem falhas foi
um desafio", contou à Folha Neil
Eskuri, supervisor de efeitos especiais. Outro foi a criação e animação dos dinossauros: são 12 protagonistas e mais de 30 espécies diferentes dos "bichinhos".
"Depois de criar o esqueleto,
trabalhávamos a musculatura e só
então criávamos a pele, poro a poro", completou Eskuri. Eric
Leighton, que também assina a
direção, passou horas no museu
de Horner, em Montana, estudando o fóssil de um tenontossauro de cem milhões de anos
-cuja anatomia é semelhante à
do iguanodonte- para estudar a
articulação de ossos e músculos.
Os lêmures também exigiram
paciência budista: cada um deles
tem cerca de um milhão de pêlos,
cujos movimentos foram criados
por um software especial. "Para
criar um programa que reproduzisse as diferentes texturas do pêlo, molhava meu gato e analisava
o resultado", disse Sean Phillips,
supervisor de desenvolvimento
de modelos.
(ML)
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