São Paulo, sábado, 30 de junho de 2007

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POLÍTICA CULTURAL

Museus ibero-americanos definem proposta comum

FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

Representantes de governos dos 22 países ibero-americanos assinaram, anteontem, a Declaração de Salvador, um documento com propostas de atuação e análise sobre o papel dos museus.
O texto será entregue aos ministros dos países da América Latina, Portugal, Espanha e Andorra, que se reunirão nos próximos dias 26 e 27, em Valparaíso, no Chile. Durante os três dias do encontro, as avaliações sobre o futuro dos museus foram um tanto pessimistas: o representante da Espanha, Santiago Palomero Plaza, subdiretor geral dos museus estatais do país, afirmou que, em 20 anos, museus serão dirigidos apenas por agentes de marketing e só terão viabilidade instituições de caráter temático. Ao final, as delegações preferiram definir um papel afirmativo dos museus como "instâncias políticas, sociais e culturais, de mediação, transformação e desenvolvimento social".
Ações como a do Museu de Belas Artes de Houston, com programas para a compilação de documentos latino-americanos, foram criticados pela representante da Venezuela. "Nós é que deveríamos estar fazendo isso, não deixar que isso venha de fora", disse Zuleiva Vivas.
A delegação brasileira tentou aprovar uma recomendação de que 15% dos orçamentos de Cultura dos países fossem destinados aos museus, um substancial aumento no país, já que o MinC desembolsou R$ 40 milhões, no ano passado, e teria de repassar R$ 137 milhões, pela nova proposta. A iniciativa não foi consensual.


O jornalista FABIO CYPRIANO viajou a convite do Departamento de Museus do Ministério da Cultura


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