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POLÍTICA CULTURAL
Museus ibero-americanos definem proposta comum
FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR
Representantes de governos dos 22 países ibero-americanos assinaram, anteontem, a Declaração de Salvador, um documento com
propostas de atuação e análise sobre o papel dos museus.
O texto será entregue aos
ministros dos países da América Latina, Portugal, Espanha e Andorra, que se reunirão nos próximos dias 26 e 27, em Valparaíso, no Chile.
Durante os três dias do encontro, as avaliações sobre o
futuro dos museus foram um
tanto pessimistas: o representante da Espanha, Santiago Palomero Plaza, subdiretor geral dos museus estatais do país, afirmou que, em 20
anos, museus serão dirigidos
apenas por agentes de marketing e só terão viabilidade
instituições de caráter temático. Ao final, as delegações
preferiram definir um papel
afirmativo dos museus como
"instâncias políticas, sociais
e culturais, de mediação,
transformação e desenvolvimento social".
Ações como a do Museu de
Belas Artes de Houston, com
programas para a compilação de documentos latino-americanos, foram criticados pela representante da
Venezuela. "Nós é que deveríamos estar fazendo isso,
não deixar que isso venha de
fora", disse Zuleiva Vivas.
A delegação brasileira tentou aprovar uma recomendação de que 15% dos orçamentos de Cultura dos países fossem destinados aos
museus, um substancial aumento no país, já que o MinC
desembolsou R$ 40 milhões,
no ano passado, e teria de repassar R$ 137 milhões, pela
nova proposta. A iniciativa
não foi consensual.
O jornalista FABIO CYPRIANO viajou a convite do Departamento de Museus do Ministério da Cultura
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