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NETVOX
Portais fazem marketing do bem
MARIA ERCILIA
Editora de Internet
Continua o entusiasmo pelo
Hunger Site (www.thehungersite.com), onde é possível doar alimentos com um clique -o Brasil
está firme no segundo lugar em
"doações", com pouco mais de 150
mil cliques até ontem. A polêmica
sobre a honestidade da página até
ajudou a aumentar sua popularidade. Por via das dúvidas, todo
mundo que passa por ela acaba
"doando" seu clique e o site vai se
firmando como uma das mais originais campanhas de publicidade
já feitas na Internet.
A idéia de repassar fundos para
instituições de caridade como ferramenta de marketing não é nada nova, mas pode ser tremendamente facilitada na Internet, como mostra o exemplo do Hunger
Site. Imagine por exemplo um site
de comércio onde uma porcentagem de cada compra é repassada
para uma instituição à escolha do
consumidor -com certeza muita
gente responderia a esse apelo.
Pois existe. Vários deles, na verdade. O primeiro que visitei,
MyCause (www.mycause.com),
era um festival de links quebrados
e páginas que não funcionavam.
Impossível fazer uma compra ou
testar seu funcionamento. Uma
pena, porque o conceito é simples
e inteligente: tem um banco de
dados de centenas de organizações, do Greenpeace à Anistia Internacional, agrupadas por tema.
Você escolhe quem quer beneficiar e compra numa das cinco lojas do site (entre elas, Amazon e
Travelocity). As lojas doam de 3%
a 12% do valor da compra para a
organização escolhida (ou doariam, se tudo funcionasse).
Felizmente, vários "shoppings"
seguem o exemplo do MyCause,
mas com mais eficiência.
O IGive (www.igive.com), muito
semelhante, funciona a pleno vapor. Também tem "sócios" conhecidos, como eToys e MusicBoulevard, que doam de 2% a 15% de
cada compra. No GreaterGood
(www.greatergood.com), basta a
pessoa se registrar que será feita
uma doação de US$ 3 a uma instituição de sua escolha.
Daí em diante, é mergulhar nos
links para descobrir que o mundo
dos portais de caridade está em
franca expansão. Veja alguns
exemplos: CharityMall
(www.charitymall.com) consegue
doações de até 25% de suas 14 lojas. Click4Kids
(www.click4kids.com) levanta
fundos exclusivamente para escolas norte-americanas. No
Shop2Give (www.shoptogive.com) há promoções "de ocasião", conforme as últimas tragédias -por exemplo, Kosovo e Columbine (escola onde houve assassinatos, nos EUA).
De onde sai o dinheiro das doações? Os "portais de caridade" recebem das lojas uma porcentagem da compra, por terem encaminhado o cliente. E todo mundo
sai feliz: a fórmula atende aos desejos de consumo e aos impulsos
generosos do cliente.
Será que algum site brasileiro se
anima a seguir o exemplo? Não
temos falta de causas...
Ops
Hermann Wecke, webmaster
do Movimento Anti-Spam
(www.antispam.org), escreve para dizer que o movimento nunca
enviou reclamações a Rosana
Hermann, ao contrário do informado na coluna da semana passada. Na verdade, Rosana havia
recebido reclamações de pessoas
que afirmaram que iriam denunciá-la ao movimento, e não do
próprio, explica.
Arquivo mostra Blake desconhecido
Um Blake
desconhecido pode
ser visto no
fantástico William
Blake Archive, que
abriga cópias das
chapas originais de
suas gravuras.
(jefferson.village.virginia.edu/blake)
NOTAS
Tipo exportação
O escritório brasileiro da produtora de sites Organic (www.organic.com.br) está exportando criatividade para os EUA: será produzida aqui a nova loja eletrônica da
cadeia Athlete's Foot, parte do
projeto do mega-site Global
Sports Interactive, que está sendo
desenvolvido com os escritórios
da produtora em Nova York, Chicago e San Francisco.
Mídia e educação
"A Alfabetização para o Século
21" é o tema da palestra de Ricardo Anderáos, jornalista e historiador, no Instituto Itaú Cultural
(dia 5, 19h30). Segundo ele, os
educadores devem estimular nos
alunos uma postura crítica diante
da mídia. Mais informações no
http://www.itaucultural.org.br.
Site de pai
Dê um site para o seu pai. É essa
a sugestão do Museu da Pessoa
para o Dia dos Pais (8 de agosto).
Quem quiser pode mandar um
texto ou entrevista e fotos contando a história de seu pai, e o museu
cria uma página que ficará disponível nas seções Acervo Escrito e
Histórias de Pais. Informações no
www.museudapessoa.com.br.
Sutiã de guarda
O Techno-Bra (ou tecno-sutiã),
produto da mente doentia da designer inglesa Kursty Groves, tem
um GPS (sistema de posicionamento por satélite), um medidor
de batimentos cardíacos e um telefone celular. A idéia é que, detectada uma frequência anormal
de batimentos cardíacos, resultado de um susto enorme, a polícia
possa ser notificada pela rede de
telefonia celular e informada da
localização da vítima pelo GPS.
Prático, não?
E-mail: ercilia@uol.com.br
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