São Paulo, quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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Bebida

Goles europeus destacam-se no Vini Vinci

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Cerca de 30 produtores que integram o catálogo da Vinci serviram seus vinhos durante o Vini Vinci, evento realizado pela importadora no início desta semana no Hotel Sheraton Mofarrej, em São Paulo.
Houve, claro, bons exemplares do Novo Mundo. Entre eles, estiveram os da Noemía, casa argentina dona de belos tintos de uva malbec, como o J. Alberto 2006, aveludado, marcado por fruta e notas florais (90/100, R$ 156). A sul-africana Rust en Vrede mostrou também boa performance com um merlot 2003, intenso (geléias, groselha) e sem arestas (89/100, R$ 60).
Mas os goles mais interessantes foram europeus. O canto espanhol contou com o retorno ao país de uma adega tradicional de Rioja, a Lopez de Heredia, e seus vinhos elegantes e longevos, do tipo do Viña Gravonia 1995, um branco de uvas viura, maduro, em plena forma, com aroma atraente, mesclando frutas secas e compotas (90/100, R$ 115) ou do Viña Bosconia 1998, um rubro sedutor de uvas tempranillo -afinado cinco anos em barricas-, com muita fruta, couro e baunilha (91/100, R$ 160).
Na seção da Bota, menção para um rubro da Dei, vinícola da Toscana, por seu Vino Nóbile de Montepulciano 2003, estruturado, rico, com bom conteúdo de fruta e taninos redondos (89/100, R$ 135).
A ala portuguesa chamou a atenção com uma tentativa bem-sucedida de atacar na categoria custo-benefício, um ponto fraco da terrinha: o Risco 2005, um tinto de uvas castelão, intenso (framboesa, cereja) e macio (88/100, R$ 43), do enólogo Antonio Saramago.
Impressionaram também (não exatamente pelo bom preço) os vinhos do Douro assinados por Jorge Serôdio Borges, como o Guru 2005, um dos melhores brancos lusitanos, de paladar amplo e vivaz, com generosa dose de fruta e madeira (91/100, R$ 215). Todos à venda na importadora Vinci (tel. 0/xx/11/6097-0000).


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