|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bebida
Goles europeus destacam-se no Vini Vinci
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Cerca de 30 produtores
que integram o catálogo da
Vinci serviram seus vinhos
durante o Vini Vinci, evento
realizado pela importadora
no início desta semana no
Hotel Sheraton Mofarrej,
em São Paulo.
Houve, claro, bons exemplares do Novo Mundo. Entre eles, estiveram os da
Noemía, casa argentina dona
de belos tintos de uva malbec, como o J. Alberto 2006,
aveludado, marcado por fruta e notas florais (90/100,
R$ 156). A sul-africana Rust
en Vrede mostrou também
boa performance com um
merlot 2003, intenso (geléias, groselha) e sem arestas
(89/100, R$ 60).
Mas os goles mais interessantes foram europeus. O
canto espanhol contou com
o retorno ao país de uma
adega tradicional de Rioja, a
Lopez de Heredia, e seus vinhos elegantes e longevos,
do tipo do Viña Gravonia
1995, um branco de uvas viura, maduro, em plena forma,
com aroma atraente, mesclando frutas secas e compotas (90/100, R$ 115) ou do
Viña Bosconia 1998, um rubro sedutor de uvas tempranillo -afinado cinco anos
em barricas-, com muita
fruta, couro e baunilha
(91/100, R$ 160).
Na seção da Bota, menção
para um rubro da Dei, vinícola da Toscana, por seu
Vino Nóbile de Montepulciano 2003, estruturado, rico, com bom conteúdo de
fruta e taninos redondos
(89/100, R$ 135).
A ala portuguesa chamou a
atenção com uma tentativa
bem-sucedida de atacar na
categoria custo-benefício,
um ponto fraco da terrinha:
o Risco 2005, um tinto de
uvas castelão, intenso (framboesa, cereja) e macio
(88/100, R$ 43), do enólogo
Antonio Saramago.
Impressionaram também
(não exatamente pelo bom
preço) os vinhos do Douro
assinados por Jorge Serôdio
Borges, como o Guru 2005,
um dos melhores brancos lusitanos, de paladar amplo e
vivaz, com generosa dose de
fruta e madeira (91/100,
R$ 215). Todos à venda na
importadora Vinci (tel.
0/xx/11/6097-0000).
Texto Anterior: Música: Ex-calouro e Caetano são indicados ao Grammy Próximo Texto: Comida - Crítica: Na cozinha italiana do Floriano, pizza e bufê superam massa e carne Índice
|