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ARQUITETURA
"Visões" reúne dinamismo de finlandeses
DA REDAÇÃO
A Finlândia reuniu, nos últimos
cem anos, uma série aparentemente interminável de grandes
arquitetos. A partir dessa premissa, dificilmente contestada quando se vêem construções e móveis
criados por Alvar Aalto, Yrjö Lindegren e Kaarina Löfström, a cineasta americana Maggie Fellmann elaborou "Arquitetos Finlandeses", série de pequenos documentários que tentam explicar
por que as obras desses profissionais ganharam não apenas seu
país natal, mas o mundo.
Hoje, a Rede SescSenac exibe
dois desses filmes. Um deles trata
de Eliel Saarinen (1873-1950), o
pai do romantismo nacional aplicado à arquitetura -através de
seu Hvistträsk (1903), obra fundamental da arquitetura do país. A
construção é uma espécie de condomínio, que teria recebido as visitas do escritor russo Maxim
Górki (1868-1936) e do compositor austríaco Gustav Mahler
(1860-1911), e reunia casas e estúdios em que Saarinen morava e
trabalhava, ao lado de seus colegas desde a Universidade de Helsinki e sócios Herman Gesellius e
Armas Lindgren.
Juntos, elaboraram o pavilhão
finlandês para a Exposição Universal de Paris, em 1900, e, em
1906, fizeram a estação central de
trens de Helsinque. Em 1922, o
projeto de Saarinen para o Chicago Tribune Tower ficou em segundo lugar no concurso aberto
pela cidade americana, e o vice-campeonato lhe rendeu um projeto maior: a Cranbrook Academy of Art, que construiu, inspirado pelo conceito da Bauhaus, e
onde lecionou a partir de 1926.
Nos anos 30, começou a trabalhar
com seu filho Eero, outro grande
nome da arquitetura finlandesa.
Jyrki Tasa, 59, é o tema do outro
documentário. O arquiteto apresenta a sua casa Into, batizada em
homenagem a seu primo, para
quem a construiu. A combinação
de grandes placas de madeira lisa
nas paredes, vidro e cabos de aço
conferem leveza à construção,
ajudada também pelas linhas sinuosas -e às vezes até mesmo
vertiginosas. Para Tasa, professor
de arquitetura na Universidade de
Oulu, no norte do país, os projetos arquitetônicos têm de deixar
de se concentrar em "funções banais" para ganhar um pouco mais
de dinamismo e personalidade,
algo que o arquiteto consegue imprimir na Into com a combinação
de detalhes ultramodernos que
também permitem aproveitar o
entorno bucólico.
(ALEXANDRA MORAES)
VISÕES DO MUNDO - ARQUITETOS
FINLANDESES. Quando: hoje, à 0h, na
Rede SescSenac.
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