São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

LIVRO

Nova edição completa do dicionário traz CD-ROM

"Aurélio" ganha nova versão sem aumentar número de verbetes

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Em uma semana, no mais tardar, a edição completa do dicionário "Aurélio" de cara nova poderá ser encontrada nas livrarias.
A editora Positivo, que tem sede em Curitiba, lançou ontem uma versão revista e atualizada da 3ª edição do dicionário mais vendido no Brasil. É a primeira tiragem do título na casa nova.
No início deste ano, o grupo paranaense desbancou a Nova Fronteira numa queda de braço em que venceu a disputa pelos direitos do dicionário de Aurélio Buarque de Holanda.
Na impressão de estréia na editora Positivo, o "Aurélio" é publicado sem acréscimo nos verbetes e definições. As 435 mil palavras contidas em 2.120 páginas são as mesmas da 3ª edição, da Nova Fronteira. As pesquisas em andamento vão servir para a quarta edição, que deve sair no prazo de um ano e meio a dois anos.
A revisão e a atualização são resultado de seis meses de trabalho da nova equipe. "Nossa primeira preocupação foi não deixar faltar o produto no mercado", destacou a gerente de obras editoriais da Positivo, Liana Pérola.
O fato de o dicionário não acrescentar palavra nova não quer dizer que o "Aurélio" pode dispensar novos registros. "A língua é viva, é uma uma reflexão da transformação da sociedade, e nós estamos atentos para as novas palavras que surgem", disse Pérola.
A edição de agora tem tiragem de 34 mil exemplares e sai na companhia de um CD-ROM. A versão eletrônica é obrigatória na aquisição, que tem preço sugerido de R$ 189.
Na apresentação, o novo "Aurélio" tem os verbetes em cor azul e dedeiras laterais, seguindo a linha do "Miniaurélio" lançado em fevereiro e que já vendeu 220 mil exemplares, ao preço sugerido de R$ 23.
Outro diferencial é a inclusão de três letras nas cabeças de página para auxiliar na pesquisa das palavras. Mesmo recurso utilizado em edições da Bíblia.
Em um mercado que despertou para a competitividade, o "Aurélio" responde por 50% das vendas e, segundo o presidente do grupo Positivo, Oriovisto Guimarães, a nova editora quer fazer crescer essa fatia de mercado.
O lançamento da edição completa do dicionário marca, também, o lançamento da Positivo. Com uma estratégia voltada para colocar a editora entre as cinco maiores até 2007, o grupo - que tem 32 anos e é um dos maiores da área educacional do país- resolveu abandonar o nome antigo -Nova Didática.
Entre 2002 e 2003, o grupo investiu R$ 45 milhões em ampliação e modernização de sua gráfica e de sua editora. O "Aurélio" entrou como o carro-chefe de um processo que prevê o crescimento na edição de títulos educacionais, dos quais o maior cliente é o governo federal. Neste ano, o grupo vendeu 8,5 milhões de livros para o Ministério da Educação.


Texto Anterior: Mundo gourmet: Dô desperta o paladar com boa variedade de sushis
Próximo Texto: Contardo Calligaris: Elogio das eleições
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.