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LIVRO
Nova edição completa do dicionário traz CD-ROM
"Aurélio" ganha nova versão sem aumentar número de verbetes
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Em uma semana, no mais tardar, a edição completa do dicionário "Aurélio" de cara nova poderá ser encontrada nas livrarias.
A editora Positivo, que tem sede
em Curitiba, lançou ontem uma
versão revista e atualizada da 3ª
edição do dicionário mais vendido no Brasil. É a primeira tiragem
do título na casa nova.
No início deste ano, o grupo paranaense desbancou a Nova
Fronteira numa queda de braço
em que venceu a disputa pelos direitos do dicionário de Aurélio
Buarque de Holanda.
Na impressão de estréia na editora Positivo, o "Aurélio" é publicado sem acréscimo nos verbetes
e definições. As 435 mil palavras
contidas em 2.120 páginas são as
mesmas da 3ª edição, da Nova
Fronteira. As pesquisas em andamento vão servir para a quarta
edição, que deve sair no prazo de
um ano e meio a dois anos.
A revisão e a atualização são resultado de seis meses de trabalho
da nova equipe. "Nossa primeira
preocupação foi não deixar faltar
o produto no mercado", destacou
a gerente de obras editoriais da
Positivo, Liana Pérola.
O fato de o dicionário não acrescentar palavra nova não quer dizer que o "Aurélio" pode dispensar novos registros. "A língua é viva, é uma uma reflexão da transformação da sociedade, e nós estamos atentos para as novas palavras que surgem", disse Pérola.
A edição de agora tem tiragem
de 34 mil exemplares e sai na
companhia de um CD-ROM. A
versão eletrônica é obrigatória na
aquisição, que tem preço sugerido de R$ 189.
Na apresentação, o novo "Aurélio" tem os verbetes em cor azul e
dedeiras laterais, seguindo a linha
do "Miniaurélio" lançado em fevereiro e que já vendeu 220 mil
exemplares, ao preço sugerido de
R$ 23.
Outro diferencial é a inclusão de
três letras nas cabeças de página
para auxiliar na pesquisa das palavras. Mesmo recurso utilizado
em edições da Bíblia.
Em um mercado que despertou
para a competitividade, o "Aurélio" responde por 50% das vendas
e, segundo o presidente do grupo
Positivo, Oriovisto Guimarães, a
nova editora quer fazer crescer essa fatia de mercado.
O lançamento da edição completa do dicionário marca, também, o lançamento da Positivo.
Com uma estratégia voltada para
colocar a editora entre as cinco
maiores até 2007, o grupo - que
tem 32 anos e é um dos maiores
da área educacional do país- resolveu abandonar o nome antigo
-Nova Didática.
Entre 2002 e 2003, o grupo investiu R$ 45 milhões em ampliação e modernização de sua gráfica
e de sua editora. O "Aurélio" entrou como o carro-chefe de um
processo que prevê o crescimento
na edição de títulos educacionais,
dos quais o maior cliente é o governo federal. Neste ano, o grupo
vendeu 8,5 milhões de livros para
o Ministério da Educação.
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