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Anunciante ainda tem dúvidas
da Reportagem Local
Pelo menos dois grandes anunciantes não conseguiram, até agora, decidir se vão ou não veicular
suas campanhas no SBT em 1999.
Diretores dessas companhias estiveram na reunião de segunda-feira com Silvio Santos, mas não
saíram convencidos de que vale a
pena anunciar na emissora.
Vários participantes do encontro
no SBT manifestaram publicamente suas dúvidas sobre o acerto
da decisão de Silvio Santos de mexer sem parar na programação.
Como outros anunciantes, essas
duas empresas estão finalizando
nas próximas semanas sua programação publicitária para 1999. O
que significa que estão decidindo
em que tipo de veículo de comunicação vão colocar seus anúncios
-televisão, rádio, imprensa escrita etc. Também já estão escolhendo as emissoras de TV ou jornais.
Para tomar essas decisões, no caso de TV, os diretores das empresas e os publicitários levam em
consideração dados como a chamada grade de programação, os
níveis de audiência, a composição
da audiência quanto à classe socioeconômica dos espectadores.
Essa programação está se tornando muito difícil no caso do
SBT, como disseram ao próprio
Silvio Santos vários participantes
da reunião de segunda-feira.
Com as constantes mudanças na
programação, os anunciantes não
sabem mais no intervalo de qual
programa sua campanha publicitária vai aparecer.
Um exemplo ocorreu na transmissão da entrevista coletiva dada
pelo apresentador Carlos Massa, o
Ratinho, no dia em que trocou a
Record pela SBT. Nos intervalos da
entrevista, foram veiculados anúncios de empresas que não colocariam comerciais no programa de
Ratinho, como a Nestlé.
Na época, Avelar Vasconcelos,
diretor de marketing da Nestlé, explicou que a empresa havia comprado espaço publicitário naquele
horário no SBT porque estava programado um filme.
"O anunciante quer o programa
com maior audiência do seu público-alvo pelo menor custo, mas
também busca certa adequação
editorial do programa com o seu
produto", explicou.
O mercado publicitário brasileiro movimentou U$ 12,1 bilhões em
1997, segundo pesquisa do Instituto Nielsen. Desse total, a TV ficou
com 48%. A maioria dos grandes
anunciantes em televisão é de fabricantes de produtos de consumo
de massa, como a Gessy Lever e a
Brahma.
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